Joares Ponticelli é o sétimo chefe do executivo municipal catarinense preso na operação Mensageiro. Também são investigados crimes fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), e o vice Caio Tokarski (União Brasil) foram presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) nesta terça-feira (14). Investigado na Operação Mensageiro, que apura esquema de corrupção na coleta de lixo em Santa Catarina, Ponticelli é o sétimo chefe de executivo municipal detido na ação.
O objetivo da investigação é apurar também a suspeita de fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. A ação está em sigilo e já ocorreu no Vale do Itajaí, Sul catarinense e Norte.
Ao todo, nesta manhã também são cumpridos oito mandados de busca e apreensão no Estado, em especial em Tubarão, cidade localizada no Sul catarinense com 106 mil habitantes.
Prefeito de Tubarão, Ponticelli já foi deputado estadual e chegou a presidir a Federação Catarinense de Municípios (Fecam). Já Tokarski é advogado e suplente de deputado federal. O g1 SC não conseguiu contato com a defesa dos políticos presos. A da prefeitura do município não se manifestou.
Operação
Deflagrada no ano passado, a ação já teve duas fases anteriores. A primeira ocorreu no início de dezembro, com quatro prefeitos presos, tomada de depoimentos e buscas por documentos. Já a segunda foi deflagrada no início deste mês.
Somente na primeira fase foram apreendidos R$ 1,3 milhão de reais em espécie localizados nas residências e locais de trabalho dos alvos investigados. Segundo o MPSC, as ações desta terça têm base depoimentos de testemunhas, investigados e provas coletadas ao longo das ações.
Outros presos
- Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
- Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages;
- Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
- Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
- Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
- Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.
Desde que foi deflagrada, o Ministério Público de Santa Catarina cumpriu 120 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão. Todos os políticos seguem detidos. Além do Gaeco, participam da ação a Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, que atua, em conjunto o Grupo Anti-Corrupção do Ministério Público (Geac).
Fonte: G1