Enquanto o Brasil inteiro estava de olhos voltados para o jogo de hoje da seleção nacional contra a Suíça, na Copa do Mundo, o governo federal fazia novo corte de R$ 1,68 bilhão no orçamento do MEC (Ministério da Educação), sendo R$ 220 milhões das universidades públicas e institutos federais de educação. Segundo vários reitores, a decisão torna ainda mais dramática a situação das instituições, que ficarão sem dinheiro para pagar serviços básicos, como limpeza e segurança.
O governo de Jair Bolsonaro determinou muitos cortes nas verbas destinadas ao MEC. O último deles ocorreu pouco tempo antes do primeiro turno das eleições, em 4 de outubro. As perdas de universidades e colégios federais foram da ordem de R$ 1 bilhão. A decisão de hoje agrava uma situação que já era de grande penúria.
Também nas redes sociais, muitos parlamentares se manifestaram contra a medida do governo de Jair Bolsonaro. O deputado Rogério Correia (PT-MG) anunciou que vai convocar audiência pública na Câmara para tratar do assunto. A deputada Natália Bonavides (PT-RN) escreveu que o cenário é de “terra arrasada” e que “Bolsonaro agora raspa o que sobrou das verbas da Educação”.
O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) publicou nota explicando que “ao longo dos últimos anos não foram poucas as perdas, bloqueios e cortes” e que, por isso, a situação é grave.
“Novamente, o cancelamento deve ocorrer nos recursos destinados à manutenção das instituições. Ou seja, a assistência estudantil, bolsas de estudo, atividades de ensino, pesquisa e extensão, visitas técnicas e insumos de laboratórios, por exemplo, devem ser afetadas. Tal situação deve impactar ainda em serviços de limpeza e segurança dos campi”, diz o texto.
Fonte: Uol