O amanhecer de domingo de 27 de janeiro de 2013 foi um dos mais tristes da história do Rio Grande do Sul. Os gaúchos acordavam perplexos com a notícia de que um incêndio havia causado a morte de dezenas de jovens algumas horas antes, em uma boate no centro de Santa Maria. As primeiras informações davam conta que de aproximadamente 40 pessoas haviam morrido, número que logo passou para 90, para mais de 100, e o resultado final foi aterrorizante: 242 mortos, na maior tragédia do Rio Grande do Sul.
A grande maioria das vítimas eram jovens estudantes que não conseguiram sair da boate depois que um músico acendeu um sinalizador que atingiu uma camada de espuma utilizada para isolar o som da casa noturna. Entre os mortos da tragédia, quatro pessoas eram naturais de São Borja ou com familiares na cidade.
Os jovens Emili Contreira Ercolani e Wicton Schimitz eram naturais de São Borja. Emili tinha 18 anos e era estudante do segundo semestre de Tecnologia de Alimentos, ela residia em Santa Maria há dez meses e morava na Casa do Estudante da UFSM. Wicton tinha 21 anos, cursava Direito na Uri de Santiago e estava a passeio em Santa Maria. Os velórios ocorreram no Ginásio Cleto Dória de Azambuja.
Luciane Lopes, natural de Santo Antônio, tinha familiares em São Borja. Ela tinha 18 anos e morava em Santa Maria para curso de qualificação para trabalhar como comissária de bordo. O seu sepultamento ocorreu na sua cidade de origem.
Maicon Francisco Evaldt, de 30 anos, era natural de Quaraí, mas morava em São Borja, onde era funcionário do Banco do Brasil. Ele foi sepultado em sua terra natal.
Fonte: Radio Cultura AM