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Depois de 28 anos de serviços, Brigada Militar se despede do Presídio Central

Em solenidade que ocorreu nesta quinta-feira (31), a partir das 9h30, o governo do Estado anunciará oficialmente a troca do comando do Presídio Central. A mudança ocorre 28 anos após a Brigada Militar ter sido chamada a assumir a guarda e a disciplina da agora chamada Cadeia Pública de Porto Alegre. A partir de sexta-feira, 1º de setembro, a atribuição passa a ser exclusividade da Polícia Penal da Susepe, que já tem agentes trabalhando na unidade.

A troca da guarda no Central é um dos atos previstos para a desativação das antigas galerias e a transferência dos apenados remanescentes para a penitenciária que está sendo construída em Charqueadas e para outras unidades prisionais do Estado. 

A cadeia foi considerada uma das mais desafiadoras do país, para trabalhadores e presos, sendo eventualmente implicada em denúncias de superlotação e violações aos direitos humanos. Mais de 4 mil apenados coabitaram o lugar.  

O Central tornou-se, em 2014, alvo de representação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou a República Federativa do Brasil pelas condições degradantes da cadeia e sua incapacidade de ressocializar criminosos sentenciados.

No seu lugar, uma nova unidade prisional está sendo construída e deve ser inaugurada em janeiro de 2024. O projeto é de uma penitenciária mais segura para os servidores públicos e apenados e, ainda, mais resistente contra a ação do tempo e atos de depredação, uma vez que as estruturas estão sendo erguidas com grandes blocos de concreto.

Enquanto os trabalhos ocorrem, duas galerias daquele que já foi considerado o pior presídio do país seguem de pé. Uma delas ainda abriga quase 800 presos, e a outra está vazia. No espaço, é possível ver o novo presídio surgindo, com as escavadeiras em movimento e as celas em fileiras. Autoridades estaduais estudam preservar parte das antigas instalações como componente da memória e da história do local.  

Fonte: GZH

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