O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta terça-feira (5), que as posições individuais dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e os votos de cada magistrado não sejam divulgados para evitar “animosidade” contra as instituições.
“Esse País precisa aprender a respeitar as instituições. Não cabe ao presidente da República gostar ou não de uma decisão da Suprema Corte. A Suprema Corte decide, a gente cumpre. É assim que é”, disse o petista durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido ao vivo nas redes sociais.
“Eu, aliás, se eu pudesse dar um conselho, é o seguinte: a sociedade não tem que saber como é que vota um ministro da Suprema Corte. Sabe, eu acho que o cara tem que votar e ninguém precisa saber. Votou a maioria 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2. Aí, cada um que perde fica com raiva, cada um que ganha fica feliz”, afirmou.
“Para a gente não criar animosidade, eu acho que era preciso começar a pensar se não é o jeito de a gente mudar o que está acontecendo no Brasil. Porque do jeito que vai, daqui a pouco um ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua, não pode mais passear com a sua família, sabe, porque tem um cara que não gostou de uma decisão dele”, prosseguiu.
Lula não chegou a defender que as sessões do STF deixem de ser transmitidas pela TV Justiça, por exemplo. Ele também não explicou como seria esse novo modelo para que a sociedade “não soubesse” dos votos de cada magistrado.
STF em tempo real
No Brasil, os julgamentos realizados no plenário do STF são transmitidos pela TV Justiça. O sinal também é reproduzido por outras emissoras de TV aberta e fechada. Nos julgamentos no chamado plenário virtual, é possível acompanhar no site do STF como cada ministro votou.