O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) foram indiciados pela Polícia Federal por falsificação de certificados vacinais. A informação foi publicada pelo blog da Daniela Lima e confirmada pelo UOL.
O que aconteceu
Ao indiciar Bolsonaro, Cid e Gutemberg, a PF aponta que houve crime pelo uso indevido de uma documentação falsa. O indiciamento significa que o Ministério Público terá que tomar decisão se apresenta denúncia contra o trio ou arquiva a investigação.
Outro lado: procurada pelo UOL, a defesa do ex-presidente disse “estranhar” o procedimento. Os advogados informam que tentaram ontem, por volta das 19h, adquirir atualizações do processo e nada constava. O UOL também procurou a defesa de Mauro Cid e aguarda posicionamento e tenta contato com a assessoria do deputado Gutemberg.
O caso no STF está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A PF enviou o indiciamento ontem para o Supremo Tribunal Federal.
Em janeiro deste ano, a CGU identificou inconsistências no certificado de vacinas de Bolsonaro. Dados do Ministério da Saúde indicam que há um registro de vacinação contra a covid-19 em 19 de julho de 2021, na UBS Parque Peruche, em São Paulo. As investigações mostraram, porém, que o ex-presidente não estava na capital paulista nesta data — ele foi para Brasília um dia antes e não fez nenhum outro voo até 22 de julho.
À CGU, funcionários da UBS negaram ter visto ex-presidente. Todos os funcionários ouvidos pela CGU disseram não ter visto Bolsonaro na UBS Parque Peruche em 19 de julho de 2021. Os depoimentos foram corroborados pela análise dos livros físicos mantidos pela UBS para registro da vacinação da população.
Investigação da CGU no Rio revelou ligação de Mauro Cid com o esquema. As descobertas da CGU em Duque de Caxias levaram à deflagração da Operação Venire, da Polícia Federal. A ação revelou a ligação de agentes públicos federais e municipais com o esquema e, ainda, a do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que foi preso preventivamente em maio de 2023.
Fonte: UOL notícias