Agentes da Polícia Federal cumprem, na manhã deste domingo, 12 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão em diversos endereços do Rio de Janeiro. A informação é do Portal R7.
Entre os presos estão o deputado federal Chiquinho Brazão, do partido União Brasil, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa. Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
De acordo com a investigação, os presos são os autores intelectuais dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Eles também são suspeitos da tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, assessora de Marielle.
Motivação
A motivação do crime foi um embate entre Marielle Franco e Chiquinho Brazão em torno de um projeto de lei, de autoria de Brazão, que regularizava terrenos dominados pela milícia. Marielle era contra o projeto e considerada o principal ponto de resistência dentro da Câmara de Vereadores.
A lei foi aprovada, mas vetada pelo então prefeito Marcelo Crivella. O veto foi derrubado pelos parlamentares, o que motivou o MP/RJ a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal. O STF declarou a lei inconstitucional. A relatoria do processo, na época, era do ministro Alexandre de Moraes. A operação também investiga crimes de organização criminosa e de obstrução de Justiça. Os presos foram levados para a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Eles devem ser transferidos para o Distrito Federal ainda neste domingo.
Fonte: Correio do Povo