Temos medo. Desde os primórdios quando ainda nas cavernas lidamos com esse abstrato, afinal somos espíritos que nos perdemos no tempo, e a cada reencarnação vamos compreendendo como lidar com essa sensação.
Medo é fundamental para preservação da vida, pois instintivamente estabelecemos limites para nos expor a determinadas situações. Mas medo excessivo é prejudicial ao desempenho de nossas atividades, pois nos tira a capacidade de concentração.
Não confundir medo oculto, subjetivo, do que de fato sabemos que vamos nos deparar concretamente. O medo subjetivo, aquele que não vemos, mas sabemos que permeia, encaremos com pensamento positivo, fé. A fé nos reveste de energia capaz de repelir qualquer fator que nos ponha em risco. É como se estivéssemos envoltos em carapaça. É tipo aqueles animais que se fazem de morto para que o predador não o ataque. Claro que não devemos nos expor colocando fé a prova, pois isso seria duvidar da Providência Divina, mas realizar o que precisamos dentro da coerência.
Nunca estamos desamparados, há o invisível a nos cercar positivamente, e lembremos que junto de nós tem um espirito protetor, um anjo de guarda e outros amigos espirituais que visam nos proteger e que regularmente nos fornecem através de intuições o melhor para nosso aprendizado aqui na terra, bastando estarmos receptivos e com pensamentos elevados.
Muitas vezes nos parece risco passar em determinado local, mas ao elevarmos o pensamento a Deus, conseguimos transpor sem dificuldade. É a espiritualidade agindo em nossa defesa. A questão 528 do Livro dos Espíritos diz: “no caso de uma pessoa mal-intencionada disparar sobre outra um projetil que apenas lhe passe perto sem a atingir, poderá ter sucedido que um espírito bondoso haja desviado o projetil? “Se o indivíduo alvejado não tem que perecer desse modo, o espírito bondoso lhe inspirará a ideia de se desviar, ou então poderá ofuscar o que empunha a arma, de sorte a fazê-lo apontar mal, porquanto, uma vez disparada a arma, o projetil segue a linha que tem de percorrer”. Então temos ai explicação de que consequência de qualquer violência que venha a nos acometer, se não for por nossa negligência ocasionada será afastada de nós.
Nilton Moreira