Atualmente diminuiu a quantidade de pessoas preconceituosas, e as atrações homoafetivas não precisam serem mais as escondidas. Se somos filhos do mesmo Pai e portando irmãos de jornada planetária, porque tanta resistência em aceitar os sentimentos de outrem? Nos tempos idos, nossa cultura nos impunha linhas de comportamentos e se não as cumpríssemos sofríamos consequências e até perseguições severas, mas na atualidade não mais se justifica qualquer tipo de censura a outrem.
Folheando livro da codificação Kardequiana, em perguntas sobre o afeto entre as pessoas do mesmo sexo, livro este editado em 1857, Kardec pergunta à Espiritualidade se têm sexo os Espíritos? “Não como o entendeis, pois que os sexos dependem do organismo. Há entre eles amor e simpatia baseados na identidade de sentimentos”.
“Em nova existência o Espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de uma mulher e vice-versa? Decerto, pois são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres”.
“Quando desencarnado, prefere o Espírito encarnar no corpo de um homem ou de mulher? Isso pouco lhe importa. Tudo depende das provas pelas quais irá passar”.
“Os Espíritos encarnam-se homens ou mulheres, porque não há distinção de gênero entre eles, como devem progredir em tudo, cada gênero, como cada posição social, oferece-lhes as provas e os deveres inerentes e novas ocasiões de adquirir experiências. Aquele que fosse sempre homem saberia tão somente o que sabem os homens”.
Então vemos claramente que a Espiritualidade Maior através de Kardec, nos orienta que o preconceito em relação ao afeto que sentimos pelo semelhante está além do sexo, já que o espírito que habita cada corpo carnal não tem sexo. O que não edifica é a falta de respeito pelo próprio corpo, este que é o veículo pelo qual temos de preservar para que possamos cumprir nossos objetivos aqui na Terra, mas o afeto, amizade, carinho, atração que são alguns dos matizes do amor, não podem ser sufocados por pessoas preconceituosas. Muitos já atingiram entendimentos elevados nesse sentido e vivem em concordância com a Lei Divina.
Nilton Moreira