Um grupo de 18 hospitais anunciou a suspensão de atendimentos eletivos a segurados do IPE Saúde, um plano mantido pelo governo do Rio Grande do Sul a servidores públicos e que atende cerca de 1 milhão de pessoas. A medida passa a valer a partir de 6 de maio.
Segundo as entidades que representam os hospitais, a medida deve afetar 25 mil pessoas que já tinham consultas, exames e procedimentos marcados. Nas emergências, só serão atendidos pacientes com risco de vida.
A suspensão vale por tempo indeterminado. Segundo os hospitais, a medida não afeta cerca de 2,4 mil atendimentos a pacientes internados ou em radioterapia, quimioterapia e hemodiálise.
As 18 instituições representam 60% dos atendimentos do plano de saúde. As entidades afirmam que sofrem um prejuízo de R$ 154 milhões por ano com as atuais tabelas de remuneração do IPE.
Em 2023, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou um projeto de reestruturação do IPE à Assembleia Legislativa. O texto foi aprovado pelos deputados. A proposta aumentou de 3,1% a 3,6% a contribuição dos servidores ao plano, em descontos que podem chegar a 12%, dependendo da idade do segurado. A medida também estabeleceu a cobrança por dependentes.
Servidores públicos reclamaram do reajuste, afirmando que seus salários seguem defasados, com cerca de 6% de reposição da inflação em quase nove anos. Já os hospitais afirmam que os repasses não cobrem os custos. Em 2023, médicos paralisaram o atendimento a segurados do plano em protesto.
Hospitais que anunciaram suspensão de atendimentos:
- Hospital Divina Providência
- Hospital Ernesto Dornelles
- Hospital Mãe de Deus
- Hospital São Lucas/PUCRS
- Santa Casa
- Hospital Tacchini
- Hospital de Caridade
- Hospital Santa Lúcia
- Hospital de Caridade
- Hospital Dom João Becker
- Hospital de Clínicas
- Hospital Bruno Born
- Hospital de Clínicas
- Hospital São Vicente de Paulo
- Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo
- Hospital Vida e Saúde
- Hospital Ivan Goulart
- Hospital Sapiranga
Fonte: G1RS