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Justiça concede liberdade provisória a réu em caso de homicídio durante ritual em cemitério de Formigueiro

A Justiça concedeu liberdade provisória para mais um dos quatro réus do caso em que uma mulher foi espancada e morta durante um ritual em Formigueiro, na Região Central do Estado. Jubal dos Santos Brum, 67 anos, e outras três pessoas são acusadas de matar Zilda Correa Bittencourt dentro de um cemitério da cidade. O crime ocorreu em fevereiro deste ano.

A defesa de Jubal dos Santos Brum informa que houve uma audiência de instrução ainda na segunda-feira (17), com quase seis horas de depoimentos de testemunhas. Não foram divulgados detalhes sobre a decisão porque, segundo a defesa, o caso tramita sob sigilo. 

Este é o segundo dos réus que sai da casa prisional. Francisco Carlos Rosa Guedes foi para casa, por conta de seu estado de saúde, e está sob regime de prisão domiciliar desde 2 de abril.  Outras duas pessoas seguem presas preventivamente – em regime fechado – por conta do crime. São os irmãos Nayana Rodrigues Brum, 33, e Larry Chaves Brum, 23. Jubal é o pai deles. Em março, o Ministério Público denunciou os quatro pelo homicídio qualificado. 

Relembre o caso

O laudo de necropsia do Instituto-Geral de Perícias do Estado (IGP-RS) indica que Zilda morreu em razão de ferimentos por instrumento contundente. De acordo com a investigação, Zilda acreditava estar sendo atormentada por uma entidade maligna e procurou o centro religioso para se submeter a um ritual para se libertar de um espírito.

Moradora de Restinga Seca, município a cerca de 30 quilômetros de Formigueiro, a vítima viajou até a cidade para fazer a sessão. O marido e o filho a acompanharam. Após as agressões, Zilda foi levada ao hospital já desacordada, onde foi constatada a morte no início da madrugada de 10 de fevereiro. A equipe médica identificou marcas de violência física, segundo a polícia.

Conforme a Polícia Civil, a vítima já havia buscado outras formas de “cura”, passando por tratamentos médicos e benzedura. Ela teria histórico de depressão. Segundo o marido e o filho, ela desmaiava na presença do pastor quando ia à igreja, o que reforçaria a crença da família de que o problema era espiritual.

Fonte: GZH

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