O chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Fernando Sodré, negou que haja uma perseguição em curso contra o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, preso no último dia 14 por suspeita de estelionato.
“Existe uma narrativa nas redes sociais dizendo que é uma perseguição política, que [a investigação] foi fruto dele ter se manifestado contra governos, etc. Na verdade não tem nada disso, a prova é técnica. No caso da primeira investigação, começou em 2002, não tinha nenhum tipo de manifestação em caráter político-partidário por parte dele. Começou em 2022, logo depois do Big Brother. Terminou em 2023, não se falava em enchente, não se falava nada disso”, afirmou Sodré em entrevista à CNN na manhã desta terça-feira (23).
O humorista gaúcho ficou conhecido nacionalmente ao participar da 21ª edição do reality show da TV Globo.
O delegado diz, ainda, que entende a decepção popular. “Muitas pessoas se identificavam com ele, até pela origem humilde e por ter conseguido um destaque pessoal, mas infelizmente a gente é obrigado a dizer que não temos a menor dúvida que ele entrou num processo indevido, ilícito”, pontuou.
Bonetti foi localizado na cidade de Bombinhas, em Santa Catarina, e levado pelos agentes gaúchos até o Rio Grande do Sul, onde permanece à disposição da Justiça.
Nego Di e Anderson Bonetti são investigados por 370 crimes de estelionato e devem ser indiciados pela polícia. A investigação aponta que eles aplicaram um golpe com produtos fantasmas — ou seja, que não existiam de fato — a centenas de pessoas.
Os itens eram vendidos em uma loja chamada “Ta di zuera”. Em vídeos publicados nas próprias redes, Nego Di dez ser dono do estabelecimento.