Uma enfermeira foi agredida a socos pela filha de uma paciente que era atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Maria. O fato aconteceu na noite da última segunda-feira (5) e repercutiu nas redes sociais desde que o caso veio à tona. A profissional ficou com ferimentos no rosto e teve a mandíbula deslocada em decorrência dos golpes.
A Associação Franciscana de Assistência à Saúde (Sefas), que é mantenedoura do local, e a Associação dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs) se manifestaram, repudiando o fato.
A enfermeira, identificada como Raquel Machado de Siqueira, estaria ajudando no atendimento a uma idosa, que teria chegado ao local com uma crise de hipertensão, que depois passou a apresentar vômitos. A profissional teria saído para buscar uma medicação específica na farmácia. Ao retornar, ela teria ido ao encontro da filha da paciente para atualizar sobre o estado de saúde.
Teria sido neste momento que a agressora teria dado socos na enfermeira, alegando que a sua mãe “não estaria recebendo atendimento”. A mulher precisou ser contida por um homem.
De acordo com a Sergs, ela contatou a Brigada Militar e fez um boletim de ocorrência. A enfermeira teria afirmado que ama a sua profissão, mas que “sofrer agressão é inadmissível”. Além disso, relatou estar “bastante abalada psicologicamente”.
Após o fato, a Sefas publicou uma nota de repúdio por meio das redes sociais. A publicação reforça que “tal violência contra profissionais da saúde, que dedicam suas vidas para cuidar e salvar a de outros, é inaceitável e lamentável.” Confira:
A SEFAS manifesta seu total repúdio ao ato de agressão ocorrido na última segunda, dia 05 de agosto de 2024, contra uma enfermeira da nossa equipe da UPA 24h.
Nossa colaboradora foi vítima de agressões físicas e verbais por parte de um familiar de uma paciente, tendo seu rosto ferido devido aos socos recebidos enquanto desempenhava suas funções. Tal violência contra profissionais da saúde, que dedicam suas vidas para cuidar e salvar a de outros, é inaceitável e lamentável. Este ato demonstra um desrespeito não apenas à profissional agredida, mas a todos os trabalhadores da saúde que atuam incansavelmente em prol da comunidade.
Repudiamos qualquer forma de agressão e reforçamos a necessidade de um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos.
A SEFAS reafirma seu compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os seus colaboradores e continuará empenhando esforços para que situações como essa não se repitam. Contamos com o apoio da sociedade para promover uma cultura de paz e respeito, essenciais para o bom funcionamento dos serviços de saúde.
Fonte: Diário de Santa Maria
