A fumaça proveniente de incêndios florestais na Amazônia, Pantanal e em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, é novamente sentida no Rio Grande do Sul. A situação seguirá nos próximos dias, intensificando-se até o final de semana quando a chegada de uma frente fria no Estado dispersará a fumaça.
Segundo Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, a situação é causada pela alteração no fluxo do vento atmosférico na altitude de 1,5 mil metros. A mudança é responsável por trazer as partículas de fumaça do norte em direção ao sul do país, causando redução de visibilidade e piorando a qualidade do ar.
— O transporte da fumaça ocorre pelo vento e essa circulação muda até de um dia para o outro, de uma hora para a outra. Neste caso, ele está em sentido anti-horário, de Norte para o Sul, trazendo a fumaça dos incêndios na Amazônia, Bolívia, Paraguai e Pantanal para a Região Sul — explica Josélia.
Fumaça também afetará a temperatura
A fumaça, que já é perceptível em algumas regiões do Rio Grande do Sul, especialmente no Norte, atingirá os Estados do Paraná e de Santa Catarina.
— Neste momento, a concentração é maior ao norte do Estado, mas nos próximos dias, a fumaça se espalha com maior circulação por todo o Rio Grande do Sul, principalmente no Sul e na Fronteira Oeste — alerta a meteorologista.
Além da névoa cinza, a alta concentração de aerossóis também deve influenciar na temperatura. Com a chegada da fumaça, o RS poderá registrar tardes mais quentes na sexta-feira e no sábado, com municípios podendo alcançar temperaturas próximas ou superiores a 30°C.
A fumaça só deve se dissipar no final de semana quando uma frente fria se aproxima do Estado, alterando a direção do vento.
Informações GZH