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sexta-feira, novembro 22, 2024
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RS registra menores níveis de homicídios e latrocínios em 2024 no período de janeiro a agosto dos últimos 14 anos

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul anunciou, nesta segunda-feira (9), o menor número de homicídios e latrocínios no estado e na capital considerando o período de janeiro a agosto. Os dados, comparados aos anos anteriores desde 2010, mostram a menor taxa registrada até hoje.

O número de feminicídios também apresentou o menor índice dos últimos anos. Veja os detalhes abaixo.

Entre janeiro e agosto de 2024, o Rio Grande do Sul registrou 915 vítimas de homicídio, marcando o menor número há 14 anos. Este total representa uma redução de 214 vítimas em relação ao mesmo período de 2023, o que equivale a uma queda de 19%.

Na capital, Porto Alegre, o cenário é ainda mais favorável em relação a redução dos casos. Foram registrados 96 homicídios no período neste ano. Essa diminuição corresponde a uma queda de 77 vítimas em comparação ao ano passado, ou seja, uma redução de 45%.

Considerando somente a variação do mês, no entanto, o número de vítimas de homicídio doloso, ou seja, intencional, teve alta. Em julho foram 71 pessoas mortas no estado, enquanto em agosto, este número foi de 98.

Latrocínios

Já em relação aos latrocínios – quando um roubo é seguido de morte –, de janeiro a agosto de 2024, o RS contabilizou 24 vítimas, o menor número desde os dados em 2010 em relação ao mesmo período. Isso representa uma diminuição de nove casos em comparação a 2023, resultando em uma redução de 27% de um ano para o outro.

Das 24 mortes contabilizadas, três aconteceram em Porto Alegre. O número mais próximo já registrado nos últimos 14 anos foi em 2012, quando a cidade teve quatro casos de latrocínio. Já em comparação com 2023, a redução foi de 57%, visto que sete pessoas foram vítimas desse crime no último ano.

Outros indicadores criminais de 2024 que também registraram o menor índice de janeiro a agosto desde 2010:

  • Roubo a Pedestre no RS: 10.247 | redução de 46% em relação a 2023
  • *Ocorrências em Estabelecimentos Comerciais no RS: 3.182 | redução de 17% em relação a 2023
  • Roubo de Veículos no RS: 1.515 | redução de 41% em relação a 2023
  • *Ocorrências em Transporte Coletivo no RS: 213 | redução de 50% em relação a 2023
  • Abigeatos (crime de furto de animais na zona rural) no RS: 2.154 | redução de 24% em relação a 2023

*soma de roubo e furto

Feminicídios em queda

O período entre janeiro e agosto de 2024 também marca o menor número de feminicídios no RS, segundo apontam os dados do governo. Foram registrados 36 casos de assassinato de mulheres devido à condição de gênero, o que representa o menor total desde 2012, diz a SSP.

Em 2021, o número de feminicídios era o dobro do registrado em 2024, totalizando 72 mortes de mulheres.

Em 2012, 2018 e 2022, os números foram ainda maiores, com 74, 73 e 77 mortes, respectivamente, todos acima do total deste ano.

Comparado a 2023, houve uma redução de 38% dos casos, já que o ano anterior registrou 58 vítimas.

Considerando somente agosto , observa-se uma tendência de queda crescente desde 2022.

Em agosto de 2024, três mulheres foram vítimas de feminicídio, um número que só foi alcançado em 2014 nos últimos 12 anos.

Em comparação com agosto de 2023, quando cinco mulheres foram vítimas desse crime no RS, a redução foi de 40%.

Como denunciar

Se a ocorrência estiver em andamento, a vítima de violência ou qualquer pessoa deve ligar para o 190, o número da Brigada Militar.

Se a violência já aconteceu, a vítima deve ir na Delegacia da Mulher ou em qualquer delegacia para fazer o boletim de ocorrência e pedir medidas protetivas. Também é possível registrar uma ocorrência e pedir medida protetiva pela Delegacia Online.

A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas pelo 180. A Defensoria Pública atende pelo telefone 0800-644-5556 e dá orientações sobre direitos e consulta a advogados.

As vítimas também podem comparecer presencialmente em uma Delegacia da Mulher ou em qualquer Delegacia de Polícia (nos municípios em que não houver unidade especializada).

Fonte: G1 RS

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