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quarta-feira, outubro 30, 2024
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Fumaça das queimadas afetam o Rio Grande do Sul; saiba como proteger sua saúde

Nos últimos dias, a fumaça proveniente de queimadas tem atingido diversas regiões do Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul, trazendo preocupações sobre o impacto na saúde da população. A Fronteira Oeste do estado, particularmente municípios como São Borja, está em alerta devido ao aumento da poluição do ar. A situação tem sido monitorada de perto pelas autoridades locais, que buscam orientar os moradores sobre os riscos e as formas de se proteger.

Impactos na Saúde e Recomendações

A secretária da Saúde de São Borja, Sabrina Loureiro, alerta que, embora a poluição na região esteja classificada como “moderada”, há uma expectativa de agravamento nos próximos dias. “Aqui no Rio Grande do Sul a situação está considerada moderada, com tendências a piora”, diz Sabrina. Entre as principais recomendações para a população, a secretária destaca a importância da hidratação constante, orientando que se aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas e evitar complicações respiratórias.

Além disso, ela reforça a necessidade de reduzir ao máximo a exposição ao ar livre em horários de alta concentração de poluentes. “É fundamental evitar atividades ao ar livre em momentos de grande poluição e, sempre que possível, manter janelas e portas fechadas para impedir a entrada de fumaça em casa”, explica a secretária. O uso de máscaras do tipo cirúrgica ou de respirador também é aconselhado em momentos que se perceber uma exacerbação nos níveis de fumaça, pois ajudam a filtrar as partículas finas presentes no ar, que podem agravar problemas respiratórios, especialmente em indivíduos mais vulneráveis.

Loureiro também mencionou que, apesar de ainda não terem sido registrados casos graves de problemas respiratórios diretamente ligados à fumaça na região, é importante que os grupos de risco, como crianças, idosos e gestantes, fiquem atentos. “Caso haja qualquer sintoma respiratório, é importante procurar um médico para fazer uma avalição”, ressalta. A Vigilância Sanitária de São Borja está em alerta, e o município segue em constante contato com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) do Rio Grande do Sul para monitorar a situação.

Como Proteger a Saúde Durante a Exposição à Fumaça

Para minimizar os impactos da poluição, seguem algumas dicas essenciais:

  1. Hidratação: Beba bastante água para manter as vias respiratórias umidificadas.
  2. Ambientes fechados: Mantenha portas e janelas fechadas para evitar a entrada de fumaça.
  3. Máscaras adequadas: Utilize máscaras cirúrgicas ou respiradores que ajudem a filtrar partículas finas ao perceber uma exacerbação nos níveis de fumaça
  4. Evitar atividades ao ar livre: Principalmente durante os horários de maior concentração de poluentes.
  5. Cuidado com os mais vulneráveis: Grupos como crianças, idosos e gestantes devem evitar ao máximo a exposição.
  6. Monitorar sintomas: Caso apresente sintomas respiratórios como tosse e falta de ar, procure atendimento médico.

Aumento das Queimadas e Suas Origens

O cenário atual das queimadas no Brasil é alarmante. Somente nas últimas 24 horas, o país registrou 5.132 focos de incêndio, o que representa 75,9% de todas as áreas afetadas por fogo na América do Sul, de acordo com o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), conforme divulgado pela Agência Brasil. O impacto dessas queimadas não se restringe às áreas diretamente afetadas, mas também se espalha para outras regiões do Brasil, como o Rio Grande do Sul, por meio da dispersão da fumaça.

De acordo com o ambientalista Darci Bergmann, a origem desses incêndios se deve tanto a fatores humanos quanto naturais. “As queimadas são geradas por dois fatores: humano e ambiental”, explica Bergman. Ele destaca que o clima seco, com poucas chuvas, contribui para a propagação do fogo, mas que há ações criminosas envolvidas, especialmente na região do Pantanal e da Amazônia.

Além do impacto dos incêndios no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as queimadas em países vizinhos como Argentina e Paraguai também agravam a situação. Bergmann alerta ainda para os riscos de incêndios acidentais, que podem ser provocados por ações simples como descartar uma bituca de cigarro em áreas secas.

Enquanto a fumaça se espalha e compromete a qualidade do ar no Rio Grande do Sul, inclusive na Fronteira Oeste, é essencial que a população siga as orientações das autoridades de saúde e permaneça vigilante quanto aos cuidados com sua saúde. A expectativa é de que a situação se agrave, tornando imprescindível a colaboração de todos para minimizar os efeitos adversos da poluição.

Por Arthur Fascina

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