Criada em maio e com a atuação marcada por críticas de adversários, de que a iniciativa representava uma tentativa de intervenção do governo federal no Estado, a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução, comandada pelo gaúcho Paulo Pimenta, será extinta nesta quarta-feira após 120 dias de funcionamento.
A pasta foi criada em meio aos impactos das enchentes, por Medida Provisória, que irá caducar no dia 12 por não ter sido votada pelo Congresso Nacional.
Nesta terça-feira, às vésperas da extinção, foi publicado no Diário Oficial da União, decreto do presidente Lula, criando a Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que irá substituir a antiga estrutura. Sem status de ministério, a instância estará vinculada à Casa Civil, do ministro Rui Costa, e já tem data para extinção automática: dezembro deste ano.
Pimenta reassume o comando da Secretaria de Comunicação Social da presidência da República nesta quinta-feira. Ele será sucedido por Maneco Hassen, que atuava como ministro adjunto e está a par de todas as iniciativas colocadas em prática e alinhavadas até aqui.
Apesar da volta à titularidade da Secom, Pimenta continuará acompanhando de perto o cenário no Rio Grande do Sul e atuando na articulação das demandas junto a Lula.
O balanço do chamado Ministério da Reconstrução ocorrerá nesta quarta-feira, às 11h30, na sede da pasta, em Porto Alegre. Além de Pimenta e de Rui Costa, em um gesto politicamente simbólico, o governador Eduardo Leite (PSDB) participará do balanço ao lado dos ministros.
Fonte: Correio do Povo (Taline Oppitz)