A Justiça determinou na última segunda-feira, 16, a soltura de dois homens, 19 e 32 anos, presos em flagrante no domingo, 15, com fuzil, espingarda e pistola com seletor de rajadas, em Bento Gonçalves. Os dois têm antecedentes por receptação, tráfico, associação criminosa, roubo e outros. A suspeita é de que os dois gerenciavam um esconderijo de armas para uma facção criminosa.
Em audiência de custódia realizada na segunda, 16, ambos tiveram concedida liberdade provisória e a não homologação da prisão em flagrante. Conforme a juíza da audiência, lesões foram constatadas nos flagrados, entretanto não existiu resistência dos homens, segundo os policiais.
Além da liberação dos indivíduos, a Justiça ainda determinou que os autos sejam enviados à Corregedoria da Brigada Militar para investigação da atuação dos policiais envolvidos na ocorrência. As prisões foram realizadas pelo 4º Batalhão de Choque e 1º Batalhão de Choque, coordenadas pelo Setor de Inteligência.
Ministério Público recorre de decisão que liberou homens presos com fuzil em Bento Gonçalves
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) recorreu nesta quarta-feira, 18 de setembro, de uma decisão judicial que, 24 horas após a prisão, concedeu liberdade provisória a dois homens detidos com um fuzil AK-47, uma espingarda e uma pistola em Bento Gonçalves. A decisão, proferida pela magistrada da comarca local no dia 16, foi baseada em relatos de supostas agressões por parte dos policiais durante a ação.
Recurso do MPRS
O promotor de Justiça João Fábio Munhoz Manzano, responsável pela Promotoria Criminal de Bento Gonçalves, foi o autor do recurso. Ele destaca que as supostas agressões dos policiais, mencionadas durante a audiência de custódia, devem ser investigadas separadamente pela Corregedoria, conforme previsto. No entanto, o promotor argumenta que essa situação não justifica a não homologação da prisão em flagrante e a liberação dos suspeitos.
“A gravidade do armamento apreendido com os presos, além das evidências apresentadas, indicam um elevado risco à ordem pública caso eles permaneçam em liberdade”, afirmou o promotor.
O MPRS já havia solicitado a prisão preventiva dos detidos, apontando a necessidade de garantir a segurança da sociedade diante da periculosidade dos envolvidos.
Fonte: Portal Leouve