A Justiça de São Borja, por meio da 1ª Vara Criminal, condenou nove criminosos a mais de 70 anos de prisão por uma série de ataques com coquetéis molotov ocorridos entre 31 de outubro e 2 de novembro de 2022. O grupo foi responsabilizado por crimes de associação criminosa, incêndio doloso e outros delitos, após realizar ataques coordenados contra empresas, veículos e residências na cidade.
A sentença: penas somam mais de 70 anos de prisão
A sentença, proferida em 27 de setembro de 2024, determinou que os nove réus, com idades entre 28 e 44 anos, cumprirão penas pelos crimes de associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e incêndio doloso qualificado (art. 250 do Código Penal). Um décimo réu foi absolvido após o Ministério Público solicitar a sua exclusão do processo. Os condenados permanecerão detidos no Presídio Estadual de São Borja para cumprimento das penas.
Os ataques: uso de coquetéis molotov (Relembre o caso)
Os ataques, realizados entre 31 de outubro e 2 de novembro de 2022, consistiram em incêndios provocados por coquetéis molotov, que atingiram diversos alvos, incluindo a sede do Diretório Municipal do Partido Progressista, veículos em um posto de combustíveis e a loja Pedrinho Automóveis. Além disso, residências foram atingidas, gerando pânico entre os moradores de São Borja.
Um dos episódios mais graves envolveu o incêndio de um caminhão enquanto o motorista dormia no interior do veículo, estacionado em um posto de combustíveis. As autoridades encontraram garrafas de coquetéis molotov em várias cenas do crime, confirmando a premeditação dos ataques.
A denúncia do Ministério Público
O Ministério Público apresentou a denúncia, apontando que os réus eram membros de uma facção criminosa que atua no município. As investigações revelaram que os ataques foram organizados para criar instabilidade e medo, sendo parte de uma retaliação associada a tensões políticas e sociais locais. As provas, incluindo mensagens trocadas entre os membros da organização criminosa, demonstraram o planejamento cuidadoso das ações.
A investigação: ação conjunta das forças de segurança (Relembre o caso)
A investigação foi liderada pela Polícia Civil, com o apoio da Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal. Diversas operações foram realizadas para identificar e prender os envolvidos, utilizando interceptações telefônicas, monitoramento por câmeras de segurança e análise de dados de celulares apreendidos com os réus.
As operações culminaram na apreensão de coquetéis molotov e outras provas que vinculavam os réus aos ataques. Durante as interceptações, as autoridades descobriram que os membros da facção criminosa estavam coordenando os ataques em tempo real, trocando informações sobre alvos e monitorando a movimentação das forças policiais.
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