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Professores fazem protesto por reposição salarial em Porto Alegre

No Dia do Professor, comemorado nesta sexta-feira, dia 15 de outubro, servidores do magistério realizaram um protesto para exigir uma reposição salarial de 47,82% e denunciar os incessantes ataques do governo Eduardo Leite aos trabalhadores da educação da ativa e aos aposentados. Os educadores gaúchos estão há sete anos com salários congelados – desde novembro de 2014.

Os professores, com apoio da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), de estudantes e da União em Defesa da Previdência Social e Pública, realizaram dois protestos: um na frente da sede do Instituto de Previdência do Estado (IPE), na avenida Borges de Medeiros, e outro no Palácio Piratini. Na sede do Instituto, a categoria defendeu um IPE público e de qualidade. Mais de 100 pessoas estavam na manifestação que depois saiu em caminhada pela avenida Borges de Medeiros e rua Jerônimo Coelho para chegar até o Palácio Piartini, na rua Duque de Caxias. Os educadores foram acompanhados pela Brigada Militar e agentes da Empresa pública de Transporte e Circulação (EPTC).

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, disse que a categoria está há sete anos sem reajuste salarial. “Queremos dizer ao governador Eduardo Leite que qualidade em educação não se faz com prédios, mas sim com professores e funcionários valorizados”, ressaltou. Segundo Helenir, o chefe do Executivo tem um grande projeto que é construir 56 escolas de excelência para inaugurar no ano de eleição. “Essas instituições de ensino serão usadas para a questão eleitoral e mais uma vez o governo estadual está desprezando a categoria”, acrescentou.

Conforme a presidente do Cpers, a educação do Rio Grande do Sul padece cada vez mais com a política de arrocho salarial de Eduardo Leite. “Quando falamos dos menores salários, como os funcionários de escola, a situação fica ainda mais triste e desesperadora. Por isso reivindicamos não somente o reajuste pelo piso dos professores, mas uma reposição de salários que atenda toda a categoria”, ressaltou.

 O presidente da União em Defesa da Previdência Social e Pública, Felipe Costa Leiria, disse que mais de 47% de defasagem salarial impacta no IPE Saúde e com isso começam a surgir projetos para elevação da contribuição da assistência de saúde do professor. “O nosso compromisso é garantir que o Instituto seja voltado aos seus segurados, não só os professores, mas todos os servidores públicos”, destacou.

Nessa quinta-feira, o governador Eduardo Leite apresentou o programa Avançar para a Educação. Embora não tenha feito anúncios sobre salários aos professores, a administração estadual confirmou a criação de uma bolsa formação para docentes. Além disso, através do projeto Aprende Mais, 4 mil profissionais serão contratados a partir de um investimento de R$ 269,4 milhões.

Fonte: Correio do Povo

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