O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni confirmou nesta terça-feira que irá se filiar ao Partido Liberal (PL) e que será candidato ao governo do estado do Rio Grande do Sul. “Está decidido”, disse. A afirmação foi feita durante o evento de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido, em Brasília.
A filiação do presidente inicia articulação em torno também dos seus ministros. O senador Wellington Fagundes (PL- MT) afirmou que o partido pretende filiar ao menos cinco chefes de pastas do governo Bolsonaro. Ele se referiu aos ministros Onyx, Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Marcelo Queiroga (Saúde), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Gilson Machado (Turismo).
Bolsonaro no PL
O presidente Jair Bolsonaro se filia ao PL na manhã desta terça-feira, em solenidade no auditório do Brasil 21, em Brasília. A cerimônia deveria ter sido realizada no dia último dia 22, mas foi adiada depois que Bolsonaro condicionou a ida para o partido à garantia de que a legenda não se coligaria a partidos de esquerda nos estados.
Entre as condições impostas por Bolsonaro está a de que o PL não se alie ao PT, ao PDT nem ao PSOL na Bahia, no Piauí e em Pernambuco. O presidente também estava insatisfeito com o apoio do diretório do PL em São Paulo à candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao governo do estado. Bolsonaro não aceitava esse posicionamento, pois entende que o PL estaria dando palco a um de seus principais rivais políticos, o governador João Doria (PSDB-SP), que se coloca como pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto.
Na semana passada, o partido comandado por Valdemar Costa Neto acabou cedendo às exigências impostas por Bolsonaro. Uma das mais importantes decisões tomadas pela legenda foi não fazer alianças nas eleições do ano que vem com partidos ou políticos que sejam adversários do presidente da República.
O anúncio da filiação de Bolsonaro ao PL causou a rejeição de parte da bancada do partido na Câmara e de lideranças regionais da legenda no Norte e no Nordeste. “Não tenho nenhuma condição política de estar no mesmo palanque do presidente Bolsonaro”, declarou o deputado Marcelo Ramos (PL/AM), primeiro vice-presidente da Câmara.
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