Todos nós sabemos que o Covid-19 deixou marcas em todo o mundo, milhões de vidas foram ceifadas, milhões de famílias destruídas, mas aqui queremos falar dos profissionais que tiveram que voltar a trabalhar mesmo sem ter tomado as duas doses da vacina entre tantos deles, podemos citar os profissionais da educação.
Em especial na cidade de São Borja com a volta as aulas, os profissionais que trabalham em escolas temem por sua vida, de seus familiares e dos próprios colegas e alunos que correm risco com o vírus que muitas vezes quem está infectado até sem saber, pode estar transmitindo aos demais
Esses profissionais que são essenciais na construção de um país melhor e que todos precisamos de seus ensinamentos, ficam preocupados com o retorno as aulas sem antes toda a população estar imunizada, mas precisam estar ali, pois seu sustento vem do trabalho.
Em São Borja já foram mais de 236 mortos pelo covid-19, pessoas de todas as idades, de todas as classes, todas as profissões que o vírus leva sem escolhas.
Mas como nesse momento estamos falando dos profissionais da educação conforme dados repassados pela secretária Municipal de Educação SMED os profissionais de Educação que faleceram de Covid-19 em São Borja foram cinco.
Maria Solange Vitoria Rocho, professora, trabalhava na escola EMEF Vicente Goulart desde 29/05/2019, tinha a idade de 60 anos, e estava com 24 anos e 11 de serviço público,
Daniela Azevedo dos Santos, professora, trabalhava na Escola Duque de Caxias desde 23/02/2012 e também na escola Arneldo Matter, tinha 43 anos de idade e 09 anos e 3 meses de serviço público.
Antonio Carlos de Deus da Silva, professor, 62 anos de idade, trabalhava na escola Arneldo Matter e Duque de Caxias, e Cesb, 32 anos de serviço público.
Fátima Contreira de Oliveira, cozinheira, trabalhava na Escola Sagrado Coração de Jesus desde 01/02/2018 tinha 51 anos de idade e 14 anos e 7 meses de serviço público
Jonas Salomão Feldeberg, motorista, trabalhava no transporte escolar, tinha 67 anos de idade e 17 anos e 7 meses de serviço público
Estes profissionais perderam suas vidas no serviço e que para o poder publico é somente mais um que logo será substituído. Inclusive em uma postagem da filha de um deles que criou uma “vakinha” para pagar o funeral do pai. Pai este que era funcionário há muitos anos e não tem nem direito a ter ser funeral pago, apenas resta para a família receber um mês do seu salario para pagar as despesas oque com certeza não será o suficiente.
Além desses, quantos outros profissionais irão perder a vida e ficarão apenas como números para o serviço. Vale lembrar que essas pessoas têm suas famílias e para essas são nomes que ficarão no coração e na memória, enquanto no serviço são substituídos por outros e daqui algum tempo nem lembrados serão.
Por: Andrea Oliveira
Fotos: Reprodução