A Brigada Militar concluiu o inquérito sobre o caso envolvendo o torcedor do Brasil de Pelotas, Rai Duarte. Os resultados foram apresentados em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, no Quartel do Comando-Geral da BM, em Porto Alegre. Dez policiais foram indiciados pelos crimes de tortura e lesão corporal grave e um por tentativa de homicídio.
“Foram alguns dias significativos de investigação. Muitos pessoas ouvidas e reinquiridas. Muitas provas e muita informação. E ainda assim, restam algumas medidas cautelares que estamos aguardando chegar”, constatou o corregedor-geral da BM, coronel Vladimir Luís Silva da Rosa. De acordo com a BM, foram analisadas 4.183 mensagens, 1.300.751 mensagens de bate-papo, 35.000 áudios, 609.517 imagens e 87.926 vídeos, totalizando 221 GB de dados. Além disso, durante a investigação, foram ouvidas 75 pessoas.
O inquérito será agora encaminhado à Justiça Militar. “Teremos a instauração de um conselho de justificação, seis conselhos de disciplina e dez procedimentos administrativos disciplinar de cunho demissionário”, enumerou o coronel.
Além dos 11 PMs envolvidos nos crimes, que estão afastados, outros 6 teriam envolvimento menor, caracterizado como contravenções, e, por enquanto, foram distribuídos em outros batalhões. Os nomes dos envolvidos estão em sigilo de Justiça. O oficial também revelou que foram constatados crimes de natureza comum, praticado por civis, que serão encaminhados à Justiça comum.
O caso
Rai Duarte foi agredido por PMs do 11º Batalhão da Polícia Militar após partida do Brasil de Pelotas contra o São José, em Porto Alegre, no dia 1º de maio. O funcionário público passou 116 dias internado no Hospital Cristo Rendentor, também na Capital gaúcha, e precisou passar por mais de dez cirurgias.
Fonte Correio do povo