A chuva forte persistirá no Rio Grande do Sul ao longo desta sexta-feira, conforme a MetSul. O cenário deve se concentrar em pontos do Norte e do Nordeste do estado, especialmente no Alto Uruguai, parte do Planalto Médio, nos Campos de Cima da Serra e em trechos da Serra.
A projeção preocupa a região porque rios como Caí, Taquari e Jacuí nascem ou no Planalto ou nos Campos de Cima. A elevação do nível destes locais acarreta problemas para as demais localidades do Estado. Em Porto Alegre, o Guaíba pode avançar até os 4m, segundo as autoridades.
No Oeste e Sul, tempo firme predomina e sol aparece com nuvens. No Centro, nuvens e chuva, mas podem ocorrer aberturas. Na capital, o dia será de muitas nuvens com períodos de chuva e garoa. No Sul e no Oeste, o dia começa frio.
De acordo com a MetSul, o que castiga com feroz intensidade o estado é um evento meteorológico cujos adjetivos são todos superlativos, de extraordinário a excepcional.
Números de chuva espantosos
O que choveu desde o final da semana passada no Rio Grande do Sul foge absurda e bizarramente ao que é normal, o que explica a gravidade extrema e dramática deste momento particular da história do Rio Grande do Sul.
Os números são simplesmente espantosos se comparados à climatologia histórica. Várias cidades do Centro, do Centro-Serra, do Vale do Taquari, da região de Soledade e da Serra anotaram somente nos últimos sete dias 500 mm a 700 mm. Estes números correspondem a um terço da média histórica de chuva de um ano inteiro. Em Porto Alegre, os mais de 340 mm em míseros sete dias excedem a média histórica de todos os meses do outono meteorológico (março a maio) somados, ou seja, 330,5 mm.
Fonte: Correio do povo