Fenômeno El Niño segue influenciando o estado no mês que inicia neste domingo (1º). Chuvas devem ser ainda mais elevadas no Norte do RS e há possibilidade de formação de novos ciclones.
Após registrar o mês mais chuvoso da história dos registros climatológicos no estado, o Rio Grande do Sul deve estar preparado para um novo mês de precipitações acima da média. Ainda sob influência do fenômeno El Niño, o estado deve estar preparado para temperaturas próximas da média histórica – uma tendência que não acontecerá no restante do país, com calor acima da média – e meteorologistas não descartam a formação de novos ciclones.
Durante o mês que começa neste domingo (1º), todo o Sul do Brasil terá precipitações acima da média provocadas devido ao calor, à passagem de frentes frias pela região e também à influência de áreas de baixa pressão atmosférica, segundo a Climatempo Meteorologia. Esses quadros poderão provocar a formação de novos ciclones extratropicais, assim como nos meses de junho para cá.
Como serão as chuvas?
A previsão da Climatempo é de que os volumes de chuva sejam acima da média histórica em todo o Rio Grande do Sul durante todo o mês de outubro. Contudo, essa previsão é diferente de acordo com as regiões do estado. No Norte, no Noroeste, na Fronteira Oeste e em pontos da Serra e da Região Central do RS, o volume das precipitações será bem acima da média histórica; nas demais regiões, embora acima da média, os acumulados não serão tão volumosos.
Na Capital, a chuva também deve estar acima da média histórica mensal, de 153 milímetros nas últimas três décadas, com cerca de 50 milímetros a mais no acumulado previsto para outubro, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Como característica da primavera nos estados do Sul do país, eventuais temporais com fortes rajadas de vento e queda de granizo poderão acontecer durante o período.
Como serão as temperaturas?
Segundo a Climatempo, o El Niño só deve diminuir sua influência sobre o planeta somente no outono de 2024. O fenômeno se trata do aquecimento acima do normal das águas no Oceano Pacífico à altura da costa peruana. Essa elevação das temperaturas causa alterações na circulação dos ventos em diversos níveis da atmosfera e também nos padrões de pressão atmosférica sobre a América do Sul. Essas mudanças alteram a forma e a quantidade de chuva que cai também sobre o Brasil.