O pika-de-Ili, conhecido cientificamente como Ochotona iliensis, é um mamífero de apenas 20 centímetros que vive em áreas montanhosas no noroeste da China. Desde 2018, a União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) o enquadrou em uma lista que reúne animais ameaçados de extinção.
Um dos fatores que colabora com a extinção desse animal é que ele é extremamente sensível às mudanças climáticas. Com o avanço das atividades agropecuárias e o desmatamento em seu habitat natural, ele acaba não resistindo.
Segundo estimativa da IUCN, ainda na década de 1990 havia cerca de 2 mil pikas no planeta. Atualmente, acredita-se que essa população tenha reduzido exponencialmente.
A descoberta do pika
O pika foi descoberto por pesquisadores, em 1983, que tinham como objetivo estudar doenças infecciosas e recursos naturais. Na época, Weidong Li, cientista do Instituto de Ecologia e Geografia Xinjiang, na China, foi o primeiro a encontrar o mamífero.
Em entrevista ao National Geographic, Tatsuya Shin, um naturalista na China que trabalhou com a equipe, relatou que Weidong avistou um pika saindo de uma fenda na rocha. Suspeitando se tratar de uma nova espécie, o cientista o capturou para analisá-lo na Academia Chinesa de Ciências.
Depois desse primeiro encontro com o mamífero, a equipe demorou para encontrá-lo novamente em seu habitat natural. Foi somente em 2014, 30 anos depois, que o pesquisador conseguiu localizar o animal e registrar imagens dele.
Hábitos do animal
O pequeno mamífero vive a uma altitude de 2,8 mil metros e 4,1 mil metros nas montanhas de Tianshan, um grande sistema de cordilheiras localizado na Ásia Central, na região fronteiriça entre o Cazaquistão, Quirguistão e a Região Autónoma Uigur de Xinjiang, na China.
A alimentação do pika é baseada em vegetais. Outro característica desse tipo de animal percebida pelos pesquisadores é que ele mantém hábitos solitários, não tendo sido visto até hoje em duplas ou grupos.
Fonte: GZH