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terça-feira, novembro 12, 2024
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Deputada gaúcha sofre ameaça de estupro “corretivo”

Segundo a parlamentar, o agressor sugeriu a criação de uma lei para implementar uma suposta “terapia alternativa para lesbianismo”, que nada mais é do que uma forma de violência sexual.

A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), localizada em Brasília, já deu início a uma investigação.

No conteúdo do e-mail, o remetente sugere a criação de uma lei para implementar uma suposta “terapia alternativa para lesbianismo”, que nada mais é do que uma forma de violência sexual. Outras parlamentares de estados como Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais também receberam mensagens de cunho semelhante.

A deputada Daiana classificou o e-mail como uma “tentativa de intimidação” e ressaltou a importância do combate a esse tipo de crime. A parlamentar destacou ainda que o envio das ameaças a várias parlamentares durante o mês de agosto não é mera coincidência, visto que esse é um período marcado pela visibilidade da comunidade lésbica.

“Essa ação criminosa só mostra a importância da nossa atuação e da necessidade e comprometimento do Estado brasileiro com a garantia da proteção da vida da população LGBTI+. Não iremos nos calar”, declarou.

Outro caso

Outra parlamentar recebeu, recentemente, ameaça semelhante. A vereadora carioca Monica Benicio (Psol), viúva da vereadora Marielle Franco, registrou uma queixa-crime na última terça-feira (22), no Rio de Janeiro, por ameaça de um estupro corretivo, recebida pela internet. O caso foi apresentado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Segundo a vereadora, no último dia 14, recebeu uma mensagem enviada pelo e-mail que utiliza como parte dos trabalhos parlamentares. O autor se identifica como Astolfo Bozzônio Rodrigues. Na queixa-crime, a vereadora explica não saber se essa é uma identidade real, e ressalta que há uma conta vinculada a esse nome na rede social X (antigo Twitter), com publicações homofóbicas.

A mensagem, que foi anexada à queixa-crime, tem teor lesbofóbico. “Ele diz que ser uma mulher lésbica é uma aberração”, cita a vereadora, que foi ameaçada de estupro corretivo.

Fonte: Terra

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