Foram encontrados, na manhã desta segunda-feira (23), os corpos dos dois homens que ainda estavam desaparecidos após o naufrágio de um barco que fazia a travessia entre Brasil e Argentina, no Rio Uruguai. Oito pessoas estavam a bordo. Os corpos de três já haviam sido encontrados. Outras três foram resgatadas com vida.
Jorginho Valdemir Machado, de 44 anos e Siderlei Pimentel estavam desaparecidos desde sábado (21), quando o barco em que viajavam virou.
Os tripulantes do barco eram dois casais, cada um com um filho, e a cunhada de um desses casais, com uma sobrinha. Ainda não se sabe de onde eram as pessoas envolvidas no naufrágio, segundo a polícia.
As vítimas foram identificadas como:
Sinara Bogler Kuhn, de 47 anos;
Noeli Ceconi da da Silva, de 39 anos;
Davi Pimentel, de 7 anos, filho de Noeli;
Jorginho Valdemir Machado, de 44 anos, companheiro de Sinara
Siderlei Pimentel, companheiro de Noeli
Foram resgatadas com vida:
Emili Vitória Machado, de 5 anos, filha de Sinara e Jorginho
Maria Graciela Lopes, de 40 anos, cunhada de Siderlei e Noeli
Araceli Lopes, de 8 anos, sobrinha de Maria Graciela.
Após ingerirem água, as sobreviventes foram encaminhadas, conscientes, para o hospital da cidade de Alecrim, mas segundo os bombeiros, já foram liberadas.
De acordo com Antônio Sérgio Meller, que fez o resgate dos sobreviventes, as crianças estavam com colete salva-vidas, e os adultos, sem. O comerciante da região conta que, na primeira investida, conseguiu resgatar Maria Graciela e as crianças Emili e Araceli com vida. Sérgio diz que uma delas “sustentava milagrosamente” a mulher adulta fora d’água. Em seguida, ele diz que viu Sinara, Noeli e Davi já sem vida e conseguiu trazê-los à superfície.
Entenda o caso
Três pessoas morreram na tarde de sábado (21), após uma embarcação de pequeno porte virar durante uma tempestade, no rio Uruguai, em Alecrim, Norte do RS.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP), que acompanha as buscas, o grupo fazia a travessia entre a Argentina e o Brasil de barco no momento do acidente.
O resgate foi feito por um morador de Alecrim, que viu da janela de casa a embarcação tentar atravessar o rio durante a tempestade. Antônio Sérgio Meller conta que nunca tinha visto o Rio Uruguai tão revolto e que correu em direção às pessoas que se afogavam “por instinto”.
Fonte: G1RS