A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) por extorsão e denunciação caluniosa contra Giane Alves Santos, ex-mulher do deputado estadual Leonel Radde (PT). Ela disse que havia sido agredida por ele e exigiu dinheiro para não levar o caso à polícia. Com isso, ela se tornou ré no processo.
A denúncia foi aceita pela Justiça em 23 de novembro, mas só foi divulgada esta semana. As advogadas que defendem Giane disseram, em nota, que “não haverá obstáculo algum para provar a inocência de Giane, que dispõe de vasto acervo probatório a seu favor e a favor da verdade” (leia a nota, na íntegra, abaixo).
Em agosto deste ano, a Polícia Civil decidiu arquivar o inquérito que colocava Radde como suspeito de violência doméstica (saiba mais abaixo). As acusações surgiram em abril. No entanto, a investigação foi concluída apontando que Giane havia cometido difamação e denunciação caluniosa contra o ex-marido.
A suspeita de violência doméstica
A ex-mulher do deputado registrou ocorrência policial contra ele em 12 de abril. Ela disse ter sido agredida por ele no dia 8 de abril durante uma festa em casa após uma discussão. Exame de corpo de delito constatou hematomas. A polícia não divulgou detalhes da agressão.
Apesar de estarem separados na época, Radde e a ex-mulher moravam na mesma casa.
A Justiça concedeu para ela, ainda em abril, uma Medida Protetiva de Urgência (MPU) de afastamento, que impedia o deputado de se aproximar da ex-mulher ou contatá-la. Além disso, não podia mencionar publicamente o nome dela. A medida foi revogada pela Justiça.
Nota da defesa de Giane
“A defesa técnica assumiu o processo no dia de hoje e ainda não obteve acesso à íntegra dos autos, que está em sigilo. De todo modo, dos procedimentos existentes é possível concluir, sem qualquer esforço interpretativo, que a vítima da violência que assola inúmeros lares brasileiros, assumiu injusta e equivocadamente o papel de ré. Não haverá obstáculo algum para provar a inocência de Giane, que dispõe de vasto acervo probatório a seu favor e a favor da verdade, que é uma só. A justiça que falha nesse momento, não tardará a recolocar cada sujeito do processo no seu devido lugar”.
Fonte: G1