Criança sofreu traumatismo cranioencefálico e está internado em estado grave em Porto Alegre
A mãe de Nathariel Costa Marques, bebê de um ano e quatro meses atropelado por um carro em Itaqui, na Fronteira Oeste do RS, acompanhou o filho por três cidades e dois hospitais nas últimas horas. A criança está hospitalizada em Porto Alegre após ter sido atropelada ao engatinhar até o meio de uma rua.
“Ele é arteiro, um guri supersaudável, forte, está sempre brincando. Agora, está ali cheio de tubos e sondas. Ele vai ficar assim por enquanto, e dizem que vão reavaliar em 72 horas”, conta.
Desde a manhã de quarta-feira (17), quando aconteceu o acidente, a dona de casa Lidiana Costa, de 24 anos, saiu de Itaqui, passou pela vizinha Uruguaiana, a cerca de 100 km de distância, e na noite do mesmo dia chegou a Porto Alegre, do outro lado do estado, onde Nathariel está internado para tratamento do que foi diagnosticado como traumatismo cranioencefálico.
“É muito triste. Eu estou sempre olhando para ele, cuidando, foi o tempo de olhar para o lado e ele já estava no meio da rua. Eu estou sempre do lado dele, a gente nunca imagina que isso vai acontecer. Quando ouvi o tio dele gritando, achei que o Nathariel estivesse engasgado ou algo do tipo”, diz.
De acordo com Lidiana, o bebê estava no pátio de casa brincando com um skate de Rafael Mello Marques, tio do menino que prestou os primeiros socorros após o atropelamento. No vídeo da câmera de segurança que flagrou o acidente, é possível ver a criança arrastando o skate até o meio da rua, quando é atingida pelo carro.
As imagens da câmera de segurança de um imóvel mostram o momento em que o carro transita pela Rua Guararapes, no bairro Chácara, e não diminui a velocidade apesar do bebê engatinhar em direção ao meio da pista de rolamento. A criança é atingida pelo veículo e o motorista segue sem prestar socorro, segundo a polícia. ASSISTA CLICANDO AQUI
“Colocaram asfalto há pouco na rodovia, então passa bastante carro e caminhão. Mas dá para ver que ele [o motorista] atropela, chega a dar uma freada e decide seguir sem prestar socorro”, lamenta Lidiana.
Conforme o delegado responsável pela investigação, Ericson Mota, o motorista prestou depoimento na delegacia da cidade e foi liberado. Ele deve responder pelo caso em liberdade.
Mota informa ainda que não pode divulgar o que o motorista disse, bem como detalhes do caso, porque a investigação é conduzida sob sigilo. A situação é acompanhada pelo Conselho Tutelar que quer entender, por exemplo, por qual razão a criança estava sozinha em via pública.
Fonte: G1 RS