Uma lupa no último relatório bimestral do governo federal de avaliação de receitas e despesas, apresentado na sexta-feira (22), permite observar que houve redução de R$ 5 bilhões do crédito extraordinário para ajuda ao Rio Grande do Sul.
Conforme o Ministério do Planejamento, a redução “decorre do movimento combinado de redução das dotações não empenhadas de créditos extraordinários que tiveram perda de eficácia“. Ainda segundo a pasta, houve redução de R$ 6.939,4 milhões e ampliação de dotações de R$ 2.895,7 milhões na contabilidade que inclui tanto a ajuda ao RS quanto o combate a incêndios em outras áreas do país.
É bom lembrar que o valor inclui apenas “dinheiro novo“, sem considerar antecipações de pagamentos de benefícios. Os recursos para a compra de arroz eram de de R$ 6,7 bilhões. Na abertura de R$ 2,9 bilhões, R$ 1.452,9 milhões são para o combate a incêndios florestais. A outra metade é para o RS.
Em setembro, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse à agência de notícias Bloomerang Línea que iria cancelar até R$ 10 bilhões dos créditos extraordinários autorizados, dos quais a maior parte é destinada à reconstrução do Estado. Depois, afirmou que não haveria cortes.
A redução não veio no relatório seguinte, mas apareceu agora, no relatório de receita e despesas do quinto bimestre. À época, a verba total prevista para os gaúchos era de R$ 38,6 bilhões. O relatório deste mês, apresenta redução de R$ 5 bilhões, para R$ 33,6 bilhões.
O crédito extraordinário não é considerado no cálculo da meta fiscal, mas é recurso que não é coberto por receita e precisa ser buscado no mercado, gerando aumento de endividamento.
Fonte: GZH