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domingo, novembro 17, 2024
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Grupo neonazista com conexões nos EUA realizou encontros em Gramado e Canela

Célula foi desbaratada durante operação em novembro de 2022 em Santa Catarina.

A informação é do delgado Arthur de Oliveira Lopes, que comandou a investigação que culminou na prisão dos membros durante uma operação em São Pedro de Alcântara, em novembro do ano passado. As reuniões na serra gaúcha ocorreram entre 2019 e 2020. 

Em entrevista à coluna, o delegado deu detalhes da conexão entre os 10 homens presos com o grupo neonazista americano. Inicialmente, os detidos foram indiciados em flagrantes por associação criminosa, racismo e apologia ao nazismo. 

Com o aprofundamento das investigações, a gente verificou que eles tinham até mesmo o aval da célula dos EUA para que atuassem no Brasil como uma célula independente. Com o desenrolar das investigações,  acabei alterando o indiciamento deles. Como a gente verificou que era um grupo bem estruturado, com hierarquia e divisão de tarefas, passaram a respondender por organização criminosa de caráter transnacional – explicou Lopes.

O caso está na Justiça Federal. O grupo tinha conexão muito forte com os EUA, tanto que um americano, espécie de padrinho, vinha com frequência ao Brasil para participar dos encontros. Era uma forma de reforçarem seu vínculo com o grupo original, criarem maior confiança e, seus membros, ascenderem na organização. 

– A gente tem registros desse americano vindo o Brasil desde 2016. Ele estreitava os laços com o grupo brasileiro, que posteriormente, recebeu autorização para funcionar como uma célula autônoma, criando seu próprio capítulo, passando a se chamar Southlands Hammerskins.  

O grupo brasileiro também tinha conexões com células para a Europa. Frequentemente, seus membros viajavam para o continente para estreitar laços, algo previsto no estatuto como exigência para que os integrantes galgassem posições na hierarquia na organização. Eles fabricavam faixas, camisetas e outros artigos com os símbolos da organização. Os produtos eram vendidos para as células nos EUA e na Europa. 

– Faziam essas postagens por correio tanto para se financiar como para fortalecer o movimento a nível internacional – explica o delegado.

A Hammerskin Nation é uma espécie de confederação. Os membros ingressam no grupo e passam a participar das reuniões, convivendo com os integrantes antigos até que seja criada confiança. Esse período dura, em média de um a dois anos. A partir daí, o novato evolui para a posição de “Crew 38” (Equipe 38). O número é uma referência à expressão “cross hammers” (martelos cruzados, o símbolo da organização). O 3 refere-se ao “C”, terceira letra do alfabeto, e o 8, ao “H”, a oitava.

– O Crew 38 possui uma função específica, funciona como suporte dos Hammerskins. No Brasil, eles vinham há seis, sete anos, se desenvolvendo. A partir do momento que esse membro ascende na hierarquia, passa a ser autorizado a utilizar a insígnia como “Prospects Of The Nation” (POTN). A essa altura, está a um passo da autorização para ser um hammerskin de fato, com autorização a utilizara a tatuagem da organização – diz o policial.

Conforme a investigação, a partir de 2021, quatro dos 10 presos receberam autorização para serem membros plenos hammerskins. Os demais eram Crew 38.

– Nossa investigação demonstrou que os hammerskins no Brasil eram compostos por esses 10. Antigamente, havia outros integrantes como Crew 38, mas que acabaram se desligando. Eles foram presos no encontro anual. Era o aniversário de um ano que tinham ganho essa autonomia, como capítulo próprio no Brasil – detalha Lopes, que estima a presença no país desde 2015.

Para a realização do encontro anual, os membros escolhiam cidades com características europeias: além de Gramado e Canela, fizeram reuniões em municípios do Vale do Itajaí, além de São Pedro de Alcântara. 

Os hammerskins utilizam o rock supremacista para cooptar novos membros. Durante os encontros, levam equipamentos musicais, fazem demonstração de rock internacional com letras racistas de bandas supremacistas e trocam sugestões de livros relacionados com à causa do grupo. Para se comunicar com os membros americanos, utilizavam aplicativos de conversação. 

Conforme o delegado, o grupo brasileiro não estava envolvido em ataques a escolas, mas muitos dos membros tinham antecedentes criminais – um deles foi autor de duplo-homicídio, outro fora condenado por tentativa de homicídio contra judeus, por exemplo. Há cerca de um mês, todos foram todos soltos, com medidas cautelares, como a obrigação de uso de tornozeleira eletrônica.

Fonte: GZH

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