Uma menina de cinco anos morreu, na tarde deste sábado (4), após ser raptada e abusada sexualmente por um amigo da mãe, em Lajeado, no Vale do Taquari, conforme a Polícia Civil. Segundo o delegado Dinarte Marshall Júnior, ela foi encontrada boiando no Rio Taquari e levada ao Hospital Bruno Born, onde foi constatado o óbito.
“Um dos crimes mais bárbaros que se viu em Lajeado nos últimos tempos. Acredito que eu não me recordo de um crime tão bárbaro”, diz o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, a criança foi convidada pelo homem a ir a um supermercado próximo à barranca do rio e autorizada pela mãe. Depois de uma hora sem retornarem, ela saiu à procura da filha com outras pessoas.
Uma guarnição da Brigada Militar foi informada do sumiço e iniciou as buscas pela região. A mãe registrou a ocorrência na delegacia, e agentes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros ajudaram na procura.
Conforme Dinarte, soldados da BM encontraram o homem retornando do rio “com as vestes molhadas e sujas de barro e com sinais de luta corporal, arranhões”. “Ele foi detido, mas disse nada saber”, aponta o delegado.
O suspeito foi mantido em custódia enquanto os demais agentes prosseguiam as buscas. No fim da tarde, outro homem indicou onde teria avistado a menina com o homem. A criança foi localizada sem roupa e levada ao hospital, onde foi tentada a reanimação, mas ela não resistiu.
“Já chegou lá com parada cardiorrespiratória. Não obtiveram sucesso e foi constatado o óbito às 17h38 deste dia 4 de semtebro de 2021, que vai ficar marcado por esta tragédia”, diz Dinarte.
Perícia e necropsia
A Polícia Civil coletou as roupas do agressor e solicitou à perícia a confirmação dos indícios de violência sexual. O corpo também passará por necropsia.
“Os médicos atestaram que havia sinais de violência sexual no corpo da menina, lacerações que davam indicativo de que tinha sido abusada e morta em seguida. O corpo foi lançado ao rio já sem respirar”, aponta Dinarte.
O homem foi autuado em flagrante e encaminhado ao Presídio Estadual de Lajeado, onde permanece. Segundo o delegado, ele permaneceu em silêncio e não falou sobre o crime.
Ele deve ser indiciado por estupro de vulnerável com morte da vítima e, caso condenado, pode receber uma das maiores penas do Código Criminal, de 30 anos de reclusão, conforme o delegado.
Dinarte afirma que o suspeito tem antecedentes criminais por porte de arma, furto, roubo e chegou a ser preso por ameaça à ex-companheira.
“Foi preso em 21/7 por porte de arma, quando, juntamente com mais outro, tencionavam praticar um roubo de uma pessoa que estava anunciando um veículo para venda. Mas, infelizmente, foram soltos no dia seguinte”, lamenta.
Fonte: G1