O diretor-executivo da Escola do Chimarrão, Pedro Schwengber, morreu nesta terça-feira (30), aos 71 anos, em sua casa, em Venâncio Aires. A causa da morte não foi informada. Ele deixa dois filhos, Rosileia e Tiago.
Empresário, Schwengber começou a atuar na divulgação do chimarrão no final da década de 1990, com um trabalho que tinha como objetivo ampliar o consumo da bebida, beneficiando, assim, a cadeia produtiva da erva-mate, tradicional em Venâncio Aires, a Capital Nacional do Chimarrão. Em 2004, foi fundado o Instituto Escola do Chimarrão. Em 2016, recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, concedida pela Assembleia Legislativa.
De ônibus, Schwengber rompeu as divisas do Rio Grande do Sul ensinando a preparar os mais diferentes tipos de chimarrão, alguns até mesmo exóticos. Com bom humor, buscava desfazer mitos e reforçar a importância da bebida típica dos gaúchos. Percorreu diversos Estados e foi ao Exterior divulgar as tradições gaúchas.
Assim, tornou-se referência para reportagens sobre o chimarrão, com inúmeras as participações em programas de TV e de rádio — nesta segunda-feira (29), participou do programa Gaúcha+, na rádio Gaúcha, falando sobre a polêmica nas redes sociais em torno do chimarrão com Nutella. Na véspera, já havia dado entrevista a GZH sobre esse mesmo tema.
O governo Eduardo Leite, em postagem nas redes sociais, disse que na segunda-feira ainda encontrou com Schwengber em um evento em Rio Grande, no sul do Estado, “atento e gentil como sempre”. “Um dedicado promotor da nossa cultura”, escreveu.
A prefeitura de Venâncio Aires publicou uma nota de pesar nas redes sociais e decretou luto oficial de três dias no município. “Foi ensinar São Pedro a preparar o chimarrão em 11 segundos e também os outros 36 tipos da nossa bebida preferida…. Ficamos por aqui, com orgulho do tamanho do Rio Grande, desse personagem inesquecível da história do nosso município”, diz o texto.
Fonte: GZH