A última semana foi marcada por perdas trágicas nas forças de segurança do Rio Grande do Sul. Além do assassinato do escrivão de polícia Daniel Abreu Mendes durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Butiá, foram registradas as mortes do policial penal Jocemar Batista e do soldado da Brigada Militar Alexandre Maluf Martins, ambos em casos de suicídio. De acordo com o Sindicato da Polícia Penal (SINDPPEN), essa é a sexta morte entre policiais penais em apenas 14 meses, enquanto na Brigada Militar já é a segunda em um intervalo de 20 dias.
A situação reflete uma grave crise de saúde mental entre os servidores da segurança pública. Na Polícia Civil, as denúncias de adoecimento mental são recorrentes, agravadas pela sobrecarga de trabalho, pressão constante por resultados e condições precárias, como no prédio do DEIC, em Porto Alegre, onde incêndios ocorreram por três dias consecutivos.
O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, lamentou profundamente as perdas e cobrou uma resposta imediata do governo estadual. “A pressão diária, a falta de condições de trabalho e o arrocho salarial estão levando os servidores ao limite. É urgente que o governo trate com dignidade aqueles que protegem a sociedade”, afirmou Ortiz, destacando a necessidade de atenção à saúde mental dos trabalhadores.
Ortiz reforçou que essas tragédias não são casos isolados e que a situação, já denunciada há tempos, exige medidas efetivas para evitar que novos episódios ocorram.
Fonte: Site Sb News – Com informações do UGEIRM