O vereador Luner Martinez (MDB), recém-empossado como presidente da Câmara de Manoel Viana, registrou na sexta-feira (3) um boletim de ocorrência após ser vítima de racismo em um comentário publicado no Facebook. A ofensa foi feita por um indivíduo que, em seu perfil, se identifica como produtor rural e formado em engenharia pela Unijuí. O comentário utilizou expressões pejorativas para desqualificar a presença do parlamentar na Câmara, relacionando sua cor de pele ao cargo que ocupa.
Em entrevista ao NP Expresso, Luner destacou que sempre aceitou críticas à sua atuação política, mas ressaltou que ofensas relacionadas à sua cor de pele não poderiam passar despercebidas. Ele frisou que a denúncia busca combater atos discriminatórios e prevenir que outras pessoas enfrentem situações semelhantes.
Trecho do comentário
No conteúdo da postagem, o autor utiliza termos depreciativos e emojis para reforçar a ofensa, afirmando que “uma imundície dessa” não deveria ocupar cargos públicos. A declaração gerou revolta nas redes sociais, com usuários se solidarizando com o vereador e pedindo punição ao responsável.
Racismo e injúria racial: legislação e punições
O crime de racismo, previsto na Lei nº 7.716/1989, é imprescritível e inafiançável, com penas de um a três anos de reclusão e multa. Já a injúria racial, configurada quando há ofensas relacionadas à raça ou cor, tem pena de dois a cinco anos de reclusão, podendo ser ampliada no caso de crimes cometidos pela internet.
O caso gerou ampla repercussão, com manifestações de apoio ao vereador e repúdio ao ataque. A Polícia Civil investiga a origem do comentário, que reflete o desafio de combater crimes de ódio nas redes sociais.
Com informações: NP Expresso