O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu nesta segunda-feira (10) sua promessa de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio.
“Hoje simplifico nossas tarifas sobre o aço e o alumínio”, disse o presidente no Salão Oval, enquanto firmava as ordens executivas. “É 25%, sem exceções nem isenções”. Trump acrescentou que consideraria a imposição de tarifas adicionais sobre automóveis, produtos farmacêuticos e chips de computador.
O país da América do Norte é o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos Estados Unidos.
No caso do alumínio, a dependência dos EUA é menor. O país foi o destino de 15% das exportações de alumínio do Brasil em 2023. O principal comprador do alumínio brasileiro é o Canadá, que absorveu 28% das exportações desse produto naquele ano. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
Durante seu primeiro mandato (2017-2021), o presidente americano já tinha imposto tarifas para esses materiais para proteger a indústria nacional, que segundo ele enfrenta uma concorrência desleal.
Por que Trump fala de concorrência desleal?
Os preços mundiais do aço caíram consideravelmente no último ano devido ao excesso de produção.De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o excedente mundial de aço varia entre 500 e 560 milhões de toneladas. “A maioria vem da China, que inunda os mercados globais”, disse à AFP um fabricante europeu de aço sob condição do anonimato.