É fundamental compreender que o mundo físico é apenas um complemento da vida espiritual, e que há uma conexão permanente e profunda entre esses dois planos. Neste vasto universo da existência humana, o encontro entre as pessoas acontece de forma sublime.
As almas gêmeas vão se identificando e unindo-se por padrões emocionais, numa constante caminhada. Por vezes, para dar seguimento ao princípio evolutivo, uma delas pode permanecer no plano espiritual, enquanto a outra segue sua jornada terrena, mas sem perderem os laços que as uniu.
Elas podem decidir voltar juntas ao plano físico, e o desenrolar desse encontro é carregado de emoções intensas. A sincronicidade atua através dos filamentos do amor, que agem para superar barreiras para reuni-las novamente.
Os desafios podem ser árduos, e estarem separadas por uma infinidade de circunstâncias. É possível que se aproximem, os corações palpitem, convivam e depois se afastem, como se a hora derradeira ainda não tivesse chegado. Podem ainda constituírem laços com outras pessoas, mas a memória primitiva da conexão que tiveram ainda permanece latente nas profundidades do inconsciente.
Até que o destino resolve atuar, e o momento tão esperado, enfim ocorre. O reencontro é marcado por uma intensa ressonância emocional e espiritual, como se duas metades de um todo finalmente se modelassem em uma unidade indivisível, transcendendo as barreiras do tempo, onde o passado e o presente se fundem em um instante de reconhecimento e realização.
Nesse momento mágico, percebem que, na verdade, nunca estiveram separadas. Elas são como dois rios que fluem em direção ao mesmo oceano, reencontrando-se em uma correnteza única e poderosa. O que parecia ser dois, na verdade, é um só ser, refletindo a unidade essencial de todas as coisas no universo.
Estou convencido que, “… nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de separar as almas gêmeas”. (R: 8:39)
Mauro Falcão – Escritor brasileiro