A Polícia Federal (PF) realizou, na noite de terça-feira (16), a maior apreensão de cocaína da história do Rio Grande do Sul, segundo a instituição. A droga foi encontrada em uma casa no Centro de Pelotas, Região Sul do estado.
Foram apreendidas 2,7 toneladas de cocaína e 375 quilos de lidocaína e cafeína, substâncias utilizadas no refino da droga, além de 52 sacolas de nylon que seriam utilizadas, possivelmente, para transportar a droga. Cinco homens foram presos em flagrante.
De acordo com o delegado da PF Robson Robin, a droga seria exportada possivelmente para América do Norte e Europa.
“Nossa convicção é que pelo valor, quantidade da droga, e a forma como ela estava acondicionada, ela tinha destino para fora do Brasil”, diz.
A PF já estava monitorando o local por se tratar de uma casa que estava locada, mas não era utilizada para comércio e nem para moradia.
“A gente tem a percepção clara que a nossa região é de interesse do tráfico internacional pela proximidade com a fronteira. Nessa filosofia, chegamos a um grupo pequeno de pessoas atuando em Pelotas, vinculada a essa residência, um imóvel locado, mas que ninguém residia. Essas pessoas estavam soltas, não tinham vínculos com parentes, de trabalho, sociais na cidade, o que é um indicativo que estão aqui pra fazer esse tipo de crime”, destaca Robin.
Ainda de acordo com o delegado, a casa não tinha nenhum móvel, mas os suspeitos passavam horas no local. “Um comportamento atípico para a sociedade, mas típico deste tipo de crime”.
Os agentes estavam vigiando a casa há alguns dias quando, no fim da tarde de terça-feira (16), os suspeitos chegaram em dois carros e acionaram o portão eletrônico. Neste momento, foram interceptados pela polícia.
“A casa estava absolutamente vazia de móveis, apenas um cômodo central estava tomado de drogas. A droga estava acondicionada em quatro camadas, muito bem protegida contra umidade e também contra o odor, para não ser pega pelos cães”.
Os presos vão responder por tráfico internacional de drogas.