A delegacia da Polícia Federal (PF) em Santa Maria deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3), a Operação Maturin. Estão sendo cumpridos 20 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão em cinco municípios do Rio Grande do Sul e em um de Santa Catarina.
Conforme a PF, os alvos da ofensiva são integrantes de um grupo investigado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. De acordo com a apuração, as drogas eram comercializadas por meio de um “cardápio” e eram entregues por telentrega.
Os mandados são cumpridos, na maioria, em cidades da região central do Estado, grande parte deles em Santa Maria, e também em Restinga Seca, Júlio de Castilhos e Caçapava do Sul. Além disso, houve prisão em Arroio dos Ratos, na Região Metropolitana, e em Palhoça, em Santa Catarina.
Além dos mandados de busca e de prisão, ordens judiciais como sequestro de veículos e imóveis, apreensão de bens e o encerramento de empresas de fachada também foram cumpridos. A estimativa da PF é que, com isso, o prejuízo à organização criminosa supere os R$ 2,5 milhões.
A investigação teve início em agosto de 2022, durante a apuração de um caso envolvendo notas falsas. Na ocasião, foi encontrada uma espécie de cardápio de drogas, com uma grande diversidade de entorpecentes, o que gerou a abertura de um novo inquérito.
Os agentes descobriram que o grupo vendia drogas por meio de aplicativos de mensagem, com a disponibilização do cardápio. A entrega era feita por telentrega. “Mulas” eram responsáveis pela logística dos entorpecentes, levando e estocando o material em diferentes cidades, utilizando aplicativos de caronas pagas e aluguéis de imóveis por temporada.
A investigação conseguiu identificar o líder do grupo, os fornecedores, os transportadores e os laranjas utilizados para lavagem de dinheiro. A maior parte das empresas era de distribuidoras de bebidas. Foram descobertos também ocultação de veículos e de imóveis rurais.
Entre novembro de 2022 e abril deste ano, foram realizadas cinco apreensões de drogas referente à investigação em Santa Maria, Porto Alegre e Gravataí.
O nome da operação é relacionado ao personagem Pennywise, o palhaço do filme It – A Coisa, em referência ao codinome do líder da organização criminosa. No filme, Maturin é uma tartaruga colossal que é inimiga do palhaço.
Também participaram da operação servidores da Receita Federal e policiais da Brigada Militar e agentes penitenciários da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Os nomes dos investigados não foram divulgados até o momento.
Fonte: GZH