A Polícia Civil indiciou por maus-tratos a professora que teria agredido um aluno de três anos. O caso aconteceu no dia 7 de agosto, em uma escola infantil em Carazinho, no Norte do Rio Grande do Sul.
Câmeras de monitoramento da Escola Padre Gildo teriam flagraram a professora agindo de forma violenta com a criança, que foi deixada em um ambiente escuro após a turma sair da sala (veja o vídeo na reportagem acima).
A Secretaria Municipal de Educação de Carazinho já pediu o afastamento da professora, que não compareceu ao trabalho desde a última sexta-feira (9) e ainda não justificou a ausência. Veja, abaixo, o que diz a prefeitura.
À RBS TV, o advogado da professora, Nathan Egger de Souza, informou que a profissional está sendo acusada injustamente e que as imagens são parciais. “As imagens totais irão comprovar a sua inocência. Vim pedir a toda a população que se coloque no lugar dela e tenha a certeza de que nada de errado aconteceu. Tudo será esclarecido”, afirmou.
A mãe do menino relatou que o filho, que está sob cuidados da avó, está traumatizado e com medo de locais escuros, além de apresentar mudanças comportamentais.
“Ele começou a dar sinais, ele começou a fazer necessidade nas calças, ele começou a ficar agitado, mais autoritário, mais chorão, o que eu imaginei? Uma birra, uma criança de 3 anos, de 1,16 de altura, faz, né? Não imaginei que ele estaria sendo agredido de certa forma, fisicamente, provavelmente, verbalmente, a gente não tem como escutar nas câmeras nenhuma coisa verbal que ela tenha falado para ele”.
A diretora da escola, Carmelita Warken Kern, confirmou que, após ser informada por uma funcionária sobre a situação, revisou as imagens das câmeras de segurança e constatou a agressão.
“No dia 7 de agosto, no turno da tarde, eu tinha uma reunião na Secretaria de Educação, a reunião mensal de diretores. Eu voltei já à tarde, não passei na escola naquele dia, quando vim outro dia, uma funcionária me procurou e daí ela conversou comigo sobre o que ela tinha presenciado. Então, como a gente tem o vídeo monitoramento, a gente foi até as imagens e verificou que realmente o acontecido”, explica a diretora.
A família do menino e a escola registraram boletins de ocorrência e a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil.
As testemunhas serão ouvidas esta semana e o inquérito deve ser concluído em 30 dias. A Secretaria de Educação realiza um processo interno que pode resultar na exoneração da professora, com um prazo de até 90 dias para a conclusão dessa ação.
Nota da Prefeitura de Carazinho:
“A Secretaria Municipal de Educação vem através deste manifestar-se referente ao ocorrido na semana passada em uma das nossas escolas Municipais de Educação Infantil.
Esclarecemos que a situação ocorrida é um fato isolado e o Departamento Jurídico da Prefeitura juntamente com a Secretaria Municipal de Educação já estão tomando as providências legais cabíveis e averiguando os fatos.
Outrossim, salientamos que esta Secretaria, bem como os professores e funcionários que atuam na Rede Municipal de Ensino desempenham suas atividades com afinco, dedicação, muito amor e acima de tudo com o profissionalismo que a profissão exige para uma Educação de qualidade.”
Fonte: G1