A região das Missões está em alerta devido a um caso de febre-amarela. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou nesta quinta-feira (03/08) a identificação de um macaco bugio com o vírus da febre-amarela na cidade de Santo Antônio das Missões. Com isso, toda a região das missões está em estado de alerta.
Em São Borja, não há casos suspeitos. No entanto, a 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) indicou a colocação de placas informativas nas praças da cidade, para que a população não alimente os macacos. Isso se deve ao fato de que eles são animais silvestres não domesticados e podem apresentar comportamento agressivo em algumas situações.
A febre-amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que habitam áreas silvestres. Apesar de alta letalidade, a febre-amarela, com a vacinação pode prevenir-se . Tanto os seres humanos quanto os primatas não-humanos (PNH) podem contrair a doença. Os primeiros sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, dores musculares, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. Após o período inicial, a temperatura geralmente diminui e os sintomas melhoram. No entanto, eles podem reaparecer, seguidos por diarreia e vômitos com aspecto de borra de café.
Na natureza, os principais afetados pela febre-amarela são os macacos, sendo que no Rio Grande do Sul as espécies mais comuns são o bugio e o macaco-prego. No entanto, os primatas não são responsáveis pela transmissão da doença. Esses animais são considerados sentinelas, pois indicam a presença do vírus em uma determinada região. A transmissão não ocorre de animal para humano, mas apenas pela picada do mosquito.
Fonte: Prefeitura de São Borja