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quinta-feira, novembro 7, 2024
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Secretaria da Agricultura inicia projeto inédito para prevenir mortandade de abelhas no RS

Para prevenir a mortandade de abelhas no Rio Grande do Sul, que é o segundo maior produtor de mel do país, a Secretaria da Agricultura começa, na próxima semana, um projeto inédito. A iniciativa buscará determinar a incidência e fatores de risco de um tipo de ácaro e outro de besouro detectados recentemente em colmeias em solo nacional. São o Varroa destructor (também conhecido como varroa) e o Aethina tumida (besouro pequeno da colmeia), que afetam a Apis mellifera (abelhas-europeias).

A ideia é atacar uma das diversas “frentes que causam a mortalidade das abelhas”, explica o chefe da Divisão de Vigilância Sanitária Animal da pasta, Fernando Groff:

— Normalmente, a gente se preocupa com o que é urgente, que mata de um dia para o outro, como o frio ou a deriva (de agrotóxico). Mas também existem essas doenças que afetam muito negativamente a produção e precisam de atenção.

Para o técnico, o principal benefício desse projeto será o desenvolvimento de artifícios para prevenir a doença e evitar a sua disseminação. No caso das abelhas, é muito comum que os apicultores troquem as caixas (onde se localizam as colmeias) de um local para outro de acordo com a oferta da florada da região, explica Groff.

Atualmente, não existe estudo sobre a prevalência de ácaros nem de besouros no Estado.

— Inclusive porque as infestações são muito discretas no começo e podem ser muito maior do que a gente imagina — acrescenta Groff.

O principal prejuízo causado por esses animais é na perda de produtividade e de capacidade de reprodução das abelhas, explica o coordenador da Câmara Setorial de Apicultura da Secretaria da Agricultura, Aldo Machado dos Santos:

— O ácaro ataca principalmente abelhas mais debilitadas por algum problema, como vírus ou mesmo rainhas velhas. Já o besouro coloca larvas. Os dois impactam a colmeia e levam à morte.

Próximos passos

Na semana que vem, começa a visita dos técnicos da Secretaria a 375 propriedades, localizadas em 97 municípios do Estado. Nelas, serão coletadas amostras de abelhas, que serão encaminhadas ao Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor. Lá, o trabalho será de visualização: verificar se há ou não a presença de ácaros e besouros nos insetos. A previsão é de que já se tenha resultados conclusivos em maio.

O inquérito surgiu da coordenação entre os departamentos de Vigilância e Defesa Sanitária Animal e de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, por meio do seu Programa de Pós-graduação em Saúde Animal. A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Agricultura e do professor de apicultura da UFRGS (aposentado) Aroni Sattler.

Fonte: GZH

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