O diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Borja divulgou uma nota oficial de repúdio contra o recente aumento das diárias aprovado pela Câmara de Vereadores. O comunicado, assinado pelo presidente da sigla no município, Renê Ribeiro, foi resultado de uma reunião da Executiva ocorrida no sábado (17) e critica duramente a postura dos parlamentares envolvidos na proposta.
No texto, o partido afirma que o aumento aprovado é desnecessário e desmedido, e acusa o atual grupo político que administra a cidade de impor uma lógica autoritária e excludente, “desmantelando setores e perseguindo aqueles que não seguem sua cartilha”. Ainda segundo o documento, os dois vereadores do PT participaram da votação sem consulta ou autorização da Executiva, tendo subscrito o projeto e votado favoravelmente, o que causou indignação dentro da sigla.
“Pedimos desculpas à população da nossa terra por esses comportamentos”, afirma a nota. O partido também anuncia que os vereadores petistas estão formalmente proibidos de subscrever ou votar qualquer proposta relacionada a aumentos de tributos, diárias ou subsídios sem análise prévia e autorização expressa da Executiva Municipal. A partir de agora, segundo a determinação interna, qualquer posicionamento da bancada deverá passar por deliberação partidária, com a chamada “fechamento de questão”.
O comunicado destaca que os mandatos não pertencem aos parlamentares individualmente, mas sim ao partido, e que a bancada é uma instância subordinada à direção partidária. “Portanto, é de responsabilidade do partido”, reforça o texto.
A manifestação oficial surge em meio à repercussão negativa provocada pelo aumento de R$ 698,44 para R$ 1.047,66 nas diárias dos vereadores, valor que, conforme apuração do SB News, ultrapassa inclusive o montante pago a deputados estaduais no Rio Grande do Sul.
O SB News já havia antecipado, com exclusividade, a intenção da Executiva Municipal de afastar o vereador Paulo Orelha da liderança da bancada, o que foi confirmado com a publicação da nota. O nome indicado para assumir a função é o do vereador Arlei Felu. A troca ocorre em meio à crise interna provocada pela condução da bancada em relação ao projeto das diárias.
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