A Polícia Civil do Rio Grande do Sul enfrenta uma das maiores crises de efetivo de sua história, segundo o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm).
Em 2025, já são 29 exonerações registradas apenas até julho, somando-se a 94 aposentadorias no mesmo período. Isso significa que mais de 120 servidores deixaram a instituição só neste ano.
Quando se considera o total desde o início de 2024, o número é ainda mais preocupante: 274 policiais civis saíram da ativa por exoneração ou aposentadoria. O sindicato observa que esse volume praticamente anula o impacto da última turma formada pela Acadepol.
O problema, segundo especialistas e representantes da categoria, está diretamente ligado ao arrocho salarial. Desde 2015, os policiais civis acumulam perdas salariais, tornando a carreira menos atrativa em comparação a outras da área de segurança pública.
O vice-presidente da Ugeirm, sindicato que representa os policiais civis, Fábio Castro, defende uma série de medidas emergenciais: reposição das perdas salariais acumuladas, estabelecimento de uma data-base anual de reajuste, e a retomada da simetria salarial com os capitães da Brigada Militar.
Fonte: Independente