O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, comentou a operação no Rio de Janeiro em agenda que cumpre na manhã desta quinta-feira (30) no norte do Estado. Ele embarcaria hoje para o estado fluminense, mas desistiu.
Questionado sobre se concordava ou não com o governador Cláudio Castro, que definiu a operação como um “sucesso”, Leite afirmou que não cabia a ele analisar a situação:
— O Rio de Janeiro tem um contexto muito específico, com lugares onde a polícia tem muita dificuldade de entrar, o que não acontece no Rio Grande do Sul. O papel do Estado não é matar ou exterminar, é prender e dar consequências a essas pessoas. Agora, se há resistência à prisão ou enfrentamento à polícia, acontecem essas situações absolutamente indesejáveis.
O governador chegou com uma comitiva a Estação por volta das 10h e atendeu a imprensa antes de participar de uma reunião com o prefeito do município e funcionários da Escola Maria Nascimento Giacomazzi. A instituição foi alvo de um ataque há quase quatro meses, quando um adolescente invadiu salas de aula e matou uma criança, além de ferir outros estudantes e uma professora.
Na escola, acompanhado da secretária de Saúde Arita Bergmann, o governador entregou um plano de contingência com medidas previstas em casos de violência escolar. Leite também vai participar do lançamento de um programa de saúde para idosos no hospital de Estação e depois segue para Tapejara, onde vai inaugurar obras da RS-430.
Operação mais letal da história
A megaoperação realizada contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão foi considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Conforme o governo fluminense, 121 pessoas morreram — entre eles, quatro policiais.
Pelo menos 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro foram às ruas para cumprir cem mandados de prisão. Criminosos reagiram com tiros e barricadas em chamas.
Ainda em retaliação, segundo a Polícia Civil, eles lançaram bombas com o auxílio de drones e fugiram pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à registrada em 2010, quando o Complexo do Alemão foi ocupado.
















