A chuva e o vento que atingiram a Serra no final da tarde da segunda-feira (8) causaram uma série de estragos em ao menos quatro municípios. Equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e prefeituras de Caxias do Sul, Farroupilha, Antônio Prado e Flores da Cunha atuam no suporte aos moradores que tiveram as casas alagadas ou destelhadas.
Dentre as cidades, Flores da Cunha foi a que mais apresentou estragos, sobretudo na localidade de Travessão Alfredo Chaves. Ao menos 15 casas tiveram os telhados danificados, assim como a igreja e a quadra de esportes da comunidade.
— Foi a pior sensação que vivi em 46 anos de vida.
Assim Osane da Silva, moradora da localidade Travessão Alfredo Chaves, em Flores da Cunha, resume a agonia vivida entre o fim da tarde e o início da noite desta segunda-feira, em que um temporal provocou diversos estragos na comunidade, que fica a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade.
Foi por volta de 17h30min, segundo o relato de Osane, e durou cerca de cinco minutos o momento mais tenso, em que o efeito da chuva foi potencializado pelos ventos mais fortes.
— Eu estava fechando as janelas quando comecei a ver árvores sendo arrancadas e voando longe, telhados de casas de vizinhos que vieram parar aqui no meu terreno. Foi horrível — conta Osane, que teve parte da casa destelhada.
Por volta das 20h, ela já tinha conseguido lonas para cobrir os estragos, junto com o marido, Ernesto.


Ainda não havia, até às 21h desta segunda-feira, um levantamento da quantidade de casas e outras estruturas danificadas. Mas os estragos na quadra de esportes da comunidade chamavam a atenção dos moradores, que agradeciam pelo fato de que o local estava fechado no momento da chuva forte. Os jogos de futsal e vôlei costumam ocorrer todas as noites.
Algumas vinícolas que têm a sede no Travessão Alfredo Chaves também sofreram com os estragos. Foi o caso da Terrasul Vinhos Finos, onde as pipas que ficam na parte externa foram derrubadas com a força do vento, e da Bebber, que teve o setor de estocagem quase totalmente destruído.
— Só amanhã (terça) vamos ter uma noção maior do tamanho do estrago — diz Rafael Bebber, um dos diretores da empresa.
Ao longo da noite, Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e servidores municipais estão trabalhando para entregar lonas para os moradores que tiveram suas casas atingidas, além de orientar o trânsito e os pedestres devido à quantidade de fios de energia caídos no chão.
Não há registro de feridos até o momento.
Fonte: GZH
















