A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de São Borja, realizada nesta segunda-feira (1º), foi marcada por discussões acaloradas em torno do contrato firmado entre a Prefeitura e a empresa Topocart para execução do recadastramento imobiliário no município. O valor do acordo, de R$ 5,3 milhões, gerou divergências entre parlamentares de diferentes bancadas.
O vereador Valério Cassafuz (PDT) criticou duramente a medida, classificando-a como uma ação de caráter “meramente arrecadatório”. Ele apontou que a iniciativa pode resultar em aumento no IPTU e destacou que os valores contratados estão acima dos praticados em municípios vizinhos.
Na mesma linha, Rene Ribeiro (PT) questionou o custo do serviço e afirmou que a contratação “está errada e precisa ser melhor explicada”.
Entre os governistas, o vereador Paulo César Cardial (PP) também demonstrou preocupação com os impactos sobre famílias de baixa renda. Ele citou como exemplo moradores que fizeram pequenas ampliações em suas residências e que, diante do novo recadastramento, poderão enfrentar custos elevados no imposto.
Já o líder do governo, Lindolfo Harted (PP), saiu em defesa da operação. Ele lembrou que o financiamento de R$ 5,3 milhões foi aprovado pelos próprios vereadores em 2023, sendo exclusivo para o recadastramento. Segundo ele, a medida busca promover “justiça social”, uma vez que imóveis em situação irregular passarão a contribuir com o IPTU.
Além do contrato com a Topocart, outro tema movimentou o plenário: a intenção do Executivo de aprovar um novo financiamento de R$ 21 milhões para obras de recapeamento asfáltico em São Borja. A proposta deve seguir em debate nas próximas sessões, mantendo o clima de tensão entre base e oposição.
Fonte: Site SB News