Coluna de Isaac Carmo – Reflexão sobre os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro

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Foto: Reprodução

Por: Isaac  Carmo Cardozo – Colunista

Os recentes eventos ocorridos no Rio de Janeiro, amplamente divulgados pela mídia nacional e internacional, trazem à tona uma série de reflexões sobre segurança pública, responsabilidade social e o papel das forças policiais.
O confronto entre policiais do Estado e grupos de narcoterroristas que dominam comunidades inteiras — impondo suas próprias leis e espalhando o medo — resultou em intensos combates e, infelizmente, na morte de quatro policiais, verdadeiros heróis que tombaram no cumprimento do dever, defendendo a sociedade.
Mas o que podemos aprender com tudo isso?

Lições que vêm da prevenção

Em 2019, publiquei o livro Monitoramento de Políticas Públicas de São Borja, fruto de uma pesquisa desenvolvida durante o meu mestrado em Políticas Públicas, que avaliava o Programa de Resistência às Drogas e a Violência (PROERD) em São Borja.
O PROERD — conhecido pelo símbolo do “leãozinho” — tem como objetivo principal conscientizar crianças e adolescentes sobre os riscos das drogas e da violência.
Durante a pesquisa, entrevistei estudantes de escolas estaduais e municipais que participaram do programa e outros que não tiveram contato com ele. O resultado foi claro: a maioria dos jovens que experimentaram drogas o fizeram por influência de pessoas do seu convívio.
Isso reforça o velho ditado: “Dize-me com quem andas e te direi quem és.”
Pais e responsáveis devem estar sempre atentos às companhias e influências que cercam seus filhos, pois muitas vezes o desvio de caminho começa por um simples descuido.

A responsabilidade coletiva

Vivemos tempos de ostentação, em que muitos jovens buscam status e reconhecimento, seja nas redes sociais, seja na vida real. A idolatria ao poder, ao luxo e à “vida fácil” tem levado parte da juventude a enxergar no traficante uma figura de sucesso — o “verdadeiro dono” da comunidade.
Essa inversão de valores é extremamente perigosa. Quando o criminoso é visto como referência, e o policial como inimigo, a sociedade adoece. É preciso reconstruir a noção de respeito, mérito e honestidade.
Não somos o Rio de Janeiro — ainda temos liberdade para andar em qualquer lugar da nossa cidade —, mas os exemplos de lá devem servir de alerta. Onde se vangloriam criminosos, se fortalecem facções; onde se normaliza o uso de drogas, enriquecem os traficantes e os que lucram à sombra da lei.
O traficante, sim é o maior responsável, por está engrenagem, ao contrário do que disse o Presidente da República, que atribui ao consumidor a responsabilidade, estes narcotraficantes, geram violência, trazendo morte e espalha dor nas famílias.
Cada escolha tem consequência, e quem consome e vende, tem suas parcelas neste ilícito. Que possamos vigiar, refletir e aprender com tudo isso. Que nossas polícias continuem firmes em suas ações, enfrentando com coragem aqueles que desafiam a ordem e a paz social.

A voz de quem vive a realidade

É fundamental também sabermos filtrar de quem vêm as opiniões.
Em tempos em que muitos se intitulam “especialistas em segurança pública”, devemos valorizar a palavra daqueles que estão na linha de frente, que sentem a realidade das ruas, que enfrentam o perigo e conhecem de perto a dinâmica do crime.
Nem sempre quem fala com autoridade acadêmica fala com conhecimento prático.
É preciso ouvir e respeitar os profissionais que arriscam a vida diariamente, que sabem o que realmente acontece e que carregam nos coturnos a poeira da rua e o peso da responsabilidade de proteger a sociedade.

Um chamado à consciência
Mesmo que o Estado pareça enfraquecido em alguns momentos, ele não pode e não deve abrir espaço para o ilícito. O que ocorreu no Rio não foi um massacre, mas uma ação firme e necessária contra narcoterrorristas fortemente armados, que há muito desafiam as instituições e a paz social.
Que esses acontecimentos sirvam de reflexão.
Pais, eduquem seus filhos para que não vejam o Estado como inimigo, mas como parceiro na construção de um país melhor.
O caminho da dignidade é o trabalho, o estudo e o respeito ao próximo.
Não há justificativa para alimentar organizações criminosas.
Há, sim, a necessidade urgente de resgatar valores, fortalecer famílias e apoiar aqueles que, com coragem, dedicam a vida à segurança da sociedade.

Isaac Carmo Cardozo é 1°Sargento da Brigada Militar, Bacharel em Direito pela Unilassale/Canoas, Especialista em Gestão Pública pela UFSM/Santa Maria e Mestre em Políticas Públicas pela Unipampa/São Borja. Escreveu o livro: Monitoramento de Políticas Públicas de Segurança – O Programa de Resistência às drogas e a violência (Proerd) no Município de São Borja. Tradicionalista, é Coordenador da Invernada Especial do Centro Nativista Boitatá. Historiador e pesquisador e apaixonado pela cultura do Rio Grande do Sul.

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