Desta vez não ia escapar. A taça ficaria no Beira-Rio. O 2 a 0 da ida, na Arena, as 48 mil pessoas nas arquibancadas, um time encaixado, encorpado e experiente, e sedendo pela vitória. Foi essa junção que fez o maior campeão do Gauchão voltar a comemorar. Pela 46ª vez, o Inter levou o Estadual com o 1 a 1 da volta, gols de Valencia e Wagner Leonardo.
O título invicto encerra a seca e impede que o rival atinja uma marca que continua exclusiva vermelha, a de ser octacampeão.
Inter repetiu time
Para chegar ao título, Roger Machado não fez nada de novo na escalação. Pelo contrário. Iniciou o Gre-Nal com os mesmos 11 que haviam vencido na Arena. Isso significou manter Carbonero na esquerda e Valencia centralizado no ataque. Mesmo com mais tempo de recuperação e até alguns minutos de rodagem, Borré e Wesley começaram no banco.
Grêmio fez trocas
Quinteros mexeu na equipe, virou o time do avesso. Promoveu praticamente a estreia de Igor Serrote, um guri de 20 anos, justamente no clássico, mesmo tendo João Pedro na reserva. Escalou três volantes de origem pela primeira vez, com Edenilson se juntando a Camilo e Villasanti. Na frente, Amuzu na esquerda, Olivera na direita e Braithwaite de centroavante.
Primeiro tempo
O Gre-Nal começou acelerado. Pela necessidade, o Grêmio já saiu forçando bola longa, para Cristian Olivera, que arrumou um escanteio. E no rebote desse escanteio, Carbonero armou um contra-ataque de ficar cara a cara com Volpi, que salvou, mas o lance foi anulado por impedimento.

A primeira finalização de verdade foi colorada. Aos seis minutos, Bernabei cobrou lateral, Vitinho escorou, Alan Patrick se livrou da marcação e chutou rasteiro, Volpi defendeu. Foram mais 10 minutos até o próximo chute.
Valencia e Carbonero tramaram, e o centroavante bateu. A bola desviou e passou por cima do travessão. Na cobrança desse escanteio, Alan Patrick encontrou Carbonero livre no primeiro pau, mas seu cabeceio foi para fora, a chance mais clara até então.

Levou 23 minutos para o Grêmio ter uma finalização. Camilo pegou uma sobra após um chutão e arriscou da intermediária, sem perigo para Anthoni.
Aos 28, Roger se viu forçado a fazer a primeira troca. Um pouco antes, Bruno Henrique havia sido atingido por Villasanti em uma disputa por cima. Ficou o que deu em campo, mas não suportou as dores e saiu para a entrada de Ronaldo.

Cristian Olivera, aos 30, teve a segunda finalização tricolor. Em uma bola roubada no meio-campo, ele foi acionado por Braithwaite e chutou, para fora.
Deste lance aos acréscimos, o jogo ficou de intermediária a intermediária. Emoção, mesmo, só aos 49. Alan Patrick cobrou falta para a área, Vitinho ganhou por cima e Volpi defendeu, no rebote, Vitão cabeceou por cima.
O Inter reclamou muito porque Lucas Esteves saltou com os braços para cima, mas segundo a arbitragem, não tocou a bola. Assim, o primeiro tempo encerrou em 0 a 0.

Segundo tempo
Roger mexeu na equipe no intervalo. Ele tirou Carbonero e colocou Wesley. Quinteros também trocou: fora Igor Serrote, já com cartão amarelo, dentro João Lucas.
Novamente, um começo acelerado. Escanteio para o Grêmio de um lado, resposta colorada de outro. Depois de dois passes de calcanhar, um de Valencia outro de Wesley, Bernabei cruzou e Lucas Esteves salvou na hora que Vitinho finalizaria.
O Grêmio teve uma conclusão aos sete. João Lucas desarmou Wesley em uma saída de bola errada do Inter, conduziu e bateu, mas sem direção.
Golaço de Valencia
Aos 10 minutos, a desforra colorada. O começo é uma falta de Wagner Leonardo em Valencia na intermediária, a 35 metros da trave, no mínimo. O equatoriano arriscou de lá mesmo. A bola subiu, desceu e parou no ângulo, longe de Tiago Volpi, um golaço. Inter 1 a 0.
Fonte: GZH